10 BRINCADEIRAS ANTIGAS PARA FAZER COM OS PEQUENOS
Criança hoje em dia só quer saber de videogame e jogos eletrônicos?
Talvez, se ela só conhecer videogames e jogos eletrônicos! A verdade é
que brincadeiras antigas podem interessar muito às crianças, bastando
que haja um incentivo para isso. Vale a pena resgatar essas brincadeiras
em sua casa, experimentando divertimentos que fizeram a infância de
tantas gerações, aproveitando ainda para desenvolver habilidades como
consciência corporal, lateralidade, atenção e foco, controle de impulsos
e habilidades sociais.
1. PULAR CORDA
Faixa etária indicada: acima de 05 anos
Participantes: a partir de 03 para a modalidade abaixo, mas pode ser uma atividade solo
Habilidades envolvidas: Consciência corporal; Coordenação motora grossa; Ritmo; Lateralidade; Equilíbrio; Atenção e foco
Duas crianças (“batedores”) seguram cada uma em uma ponta da corda e
começam a batê-la em sentido horário, enquanto uma terceira criança (ou
uma terceira e uma quarta simultaneamente), posicionada entre as outras
duas, salta toda vez que a corda tocar no chão. O ritmo das batidas pode
variar de lento a rápido. É comum acrescentar à brincadeira uma música
que envolva comandos que devem ser cumpridos pelo “saltador”. Um exemplo
clássico:
Um homem bateu em minha porta
E eu abri
Senhoras e senhores: ponham a mão no chão
Senhoras e senhores: pulem de um pé só
Senhoras e senhores: dêem uma rodadinha
E vão pro olho da rua (comando para a criança sair e dar a vez ao colega)
Com crianças pequenas, há algumas variações possíveis:
“Cobrinha” (a partir de 02 participantes): segurando a corda por
uma das pontas, um dos integrantes começa a girá-la rente ao chão,
devendo a outra criança saltá-la. Essa atividade é semelhante à
brincadeira do “jacaré”, ensinada pelo professor Robson Furlan neste vídeo.
“Cobrinha (II)” (a partir de 03 participantes): havendo dois
batedores, cada um segura a corda por uma das pontas e, mantendo-a rente
ao chão, começam a movimentá-la para a esquerda e para a direita,
simulando o movimento de uma cobra. A terceira criança deve saltar a
“cobra” sem encostar nela.
2. ESTÁTUA
Faixa etária indicada: acima de 04 anos
Participantes: a partir de 03
Habilidades envolvidas: Consciência corporal; Equilíbrio; Atenção e foco; Controle de impulsos
Um dos participantes – o “mestre” – toca uma música enquanto os outros
dançam. O “mestre” interrompe a música de repente, e as demais crianças
devem manter a última posição em que estavam. Vence quem conseguir
manter a posição por mais tempo. Pode-se definir se dar risada conta
como “mexida” ou não, pois, quando o “mestre” começar a andar por entre
as crianças, fazendo caretas e tentando desconcentrá-las, vai ser
difícil não cair na risada.
3. BOLA DE GUDE
Faixa etária indicada: acima de 04 anos
Participantes: a partir de 02
Habilidades envolvidas: Coordenação motora fina; Orientação espacial; Atenção e foco; Controle de impulsos; Raciocínio lógico; Habilidades sociais
Há muitas possibilidades de brincar com bolas de gude (inclusive as que
seu filho mesmo pode inventar). Uma das mais simples é fazer um
triângulo no chão, dispondo cerca de dez bolinhas no centro. De fora do
triângulo, e com o dedo indicador rente ao chão, cada jogador lança sua
“bola atiradora” (uma bola que se diferencie das outras pela cor ou pelo
tamanho) contra as demais bolinhas, tentando “capturá-las”, ou seja,
expulsá-las do triângulo. Os jogadores se revezam, vencendo quem
capturar mais bolas.
Outra possibilidade é simular uma sinuca de bolas de gude, usando para
isso uma mesa com copos plásticos presos junto às quinas, um palitinho
para bater nas bolas e uma bola maior, ou de cor diferente, para ser a
“bola branca”. Pode-se brincar também no chão, desenhando-se um
retângulo e posicionando latinhas nos ângulos para coletar as bolas (se
for possível brincar em chão de terra, faça buracos em vez de usar
latinhas). Vence quem colocar mais bolas dentro dos vasilhames ou dos
buracos.
4. ESCRAVOS DE JÓ
Faixa etária indicada: acima de 04 anos
Participantes: a partir de 04
Habilidades envolvidas: Ritmo; Lateralidade; Atenção e foco; Controle de impulsos; Memória auditiva de curto prazo
Assentadas no chão, formando uma roda, as crianças devem passar o objeto
que têm em mãos para o vizinho à direita e receber, com a esquerda, o
objeto da criança à esquerda.
Aparentemente muito simples, essa brincadeira é na verdade bastante
desafiadora:basta ver que muitas vezes os participantes se perdem nos
comandos, ou não seguem o ritmo da música, “embolando” a sincronização.
Por isso, talvez seja necessário treinar isoladamente os movimentos
antes de cantar a música.
Supondo que o objeto selecionado para a brincadeira seja um copo
plástico, vale a pena treinar com a criança, previamente, os seguintes
movimentos:
Erguer e abaixar o copo até o chão, cantando uma musiquinha para ajudar a
manter o ritmo do movimento, ex: “sobe o copo, desce o copo, sobe o
copo, desce o copo”;
Pegar o copo oferecido pela criança à esquerda e passá-lo para a criança
à direita (“pega e passa, pega e passa”). É bom que esse movimento não
ocorra no ar, mas no chão, mantendo-se o copo à frente da criança, pois é
mais difícil manter o ritmo quando o movimento é executado no ar;
Treinar o movimento de zigue-zague, ou seja: sem soltar o copo, leva-lo à
direita, à esquerda e à direita novamente, cantando o“zigue-zigue-zá”.
Quando os movimentos já estiverem treinados, comece a cantar a música, combinando o ritmo da melodia à execução dos movimentos:
Escravos de Jó jogavam caxangá (cada criança passa o objeto para a criança à sua direita.
Lembre-se: realizando o movimento no chão, o objeto à frente do corpo, fica mais fácil manter o ritmo)
Tira, (erguer o objeto)
põe, (pôr o objeto no chão)
deixa ficar (as crianças dão as mãos)
Guerreiros com guerreiros (voltar a passar o objeto para a criança à direita)
fazem zigue, (colocar o objeto à frente do corpo à direita, sem soltar)
zigue, (colocar o objeto à frente do corpo à esquerda, sem soltar)
zá (colocar o objeto à frente do corpo à direita)
[Repetir: “Guerreiros com guerreiros”…]
Com crianças mais novas, de 4 ou 5 anos, pode-se propor uma variante
mais simples, que consiste em passar o objeto para a direita durante a
música, seguindo o ritmo, e, ao cantar “zigue-zigue-zá”, manter o objeto
parado no chão, com a mão direita sobre ele.
5. CABANINHA
Faixa etária indicada: acima de 02 anos
Participantes: a partir de 02
Habilidades envolvidas: Habilidades sociais; Imaginação e criatividade
Poucas brincadeiras conseguem ser mais simples e estimular tanto a
imaginação quanto essa. Com lençóis e o apoio de uma mesa e cadeiras,
monte uma cabaninha. Dentro dela, as crianças podem colocar colchonetes,
almofadas, ou até fazer divisórias, dependendo do espaço disponível. É
uma boa ideia reunir-se à noite na cabaninha com lanternas para contar
histórias, simular um acampamento etc.
6. DANÇA DAS CAVEIRAS/TUMBALACATUMBA
Faixa etária indicada: acima de 04 anos
Participantes: a partir de 02
Habilidades envolvidas: Consciência corporal; Coordenação motora; Atenção e foco; Ritmo; Memória auditiva de curto prazo
Canta-se a música e as crianças devem fazer mímica das ações das
caveiras (a melodia pode ser facilmente encontrada na internet):
Quando o relógio bate a uma
Todas as caveiras saem da tumba
Tumba alá catumba
Tumba alá catá.
Quando o relógio bate as duas
Todas as caveiras saem pras ruas
Tumba alá catumba
Tumba tá alá catá.
Três – jogam xadrez
Quatro – tiram o sapato
Cinco – apertam o cinto
Seis – imitam chinês
Sete – mascam chiclete
Oito – comem biscoito
Nove – dançam o rock
Dez – lavam os pés
Onze – andam de bonde
Doze – fazem pose
Uma – voltam para as tumbas
7. ESCONDE-ESCONDE
Faixa etária indicada: acima de 06 anos
Participantes: a partir de 03
Habilidades envolvidas: Orientação espacial; Controle de impulsos; Habilidades sociais
Uma das crianças fará o papel de perseguidor, tapando os olhos e
contando até cem enquanto os outros se escondem. Após terminar de
contar, o perseguidor vai atrás dos demais. Quem for encontrado e tocado
pelo perseguidor fica fora do jogo.
Há variações dessa brincadeira, como o pique-esconde: o perseguidor não
precisa tocar no jogador, mas apenas gritar seu nome, depois de
avistá-lo, e sair correndo para o “pique” – neste caso, o jogador
flagrado também correrá em direção ao pique, saindo a salvo se chegar lá
antes do perseguidor.
8. CASINHA
Faixa etária indicada: acima de 02 anos
Participantes: a partir de 02
Habilidades envolvidas: Controle de impulsos; Raciocínio lógico; Habilidades sociais
Como a “Cabaninha”, essa brincadeira é muito simples e ajuda a
desenvolver habilidades sociais. Você pode ceder utensílios para serem
utilizados na “casinha”, ou seus filhos podem produzi-los usando sucata.
A simulação da vida real é uma ótima maneira de despertar na criança a
noção de responsabilidade.
9. BAMBOLÊ
Faixa etária indicada: acima de 03 anos
Habilidades envolvidas: Consciência corporal; Coordenação motora grossa; Equilíbrio; Orientação espacial; Lateralidade; Ritmo
Com um pouco de treino, as crianças (especialmente as meninas) conseguem
manter o bambolê girando em volta da cintura. Pode-se tocar uma música
durante a brincadeira. Se houver mais de uma criança, vence quem
mantiver o bambolê no ar por mais tempo, devendo a outra pagar prenda.
10. CANTIGAS ACUMULATIVAS
Faixa etária indicada: acima de 03 anos
Habilidades envolvidas: Atenção e foco; Controle de impulsos; Ritmo; Memória auditiva de curto prazo
Aprender essas canções, além de ser um ótimo passatempo, desenvolve a
memória auditiva de curto prazo, a atenção e a consciência fonológica de
seu filho. Dentre as canções cumulativas mais conhecidas, podemos citar
“A velha a fiar”, “A árvore da montanha”, “Fui visitar minha tia em
Marrocos”, “Lá em casa” e “Meu galo”.
Extraído do Blog "Como Educar seus Filhos"
http://comoeducarseusfilhos.com.br
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