As conseqüências da vinda da Família Real para o desenvolvimento Cultural
A partir de 1808, quando D. João autorizou o funcionamento de tipografias e a publicação de matéria impressa, a instalação da Corte no Rio de Janeiro inaugurou uma importante novidade para a vida política e cultural brasileira: a publicação de jornais. No dia 10 de Setembro de 1808 foi lançado o primeiro de muitos jornais brasileiros, nomeado a Gazeta do Rio de Janeiro, era dirigido pelo frei Tibúrcio José da Rocha e se tratava de uma espécie de diário oficial da Corte.
Como havia um intenso interesse pelas novidades literárias e científicas européias, existia um intenso contrabando de livros que abastecia a elite letrada do Brasil. Ainda assim, a publicação de jornais e a instalação da Imprensa Régia representaram uma ruptura com o passado. A Imprensa Régia era a editora da Corte e, ainda que parte do que publicava não passasse de panegíricos e outros textos que louvavam a monarquia, tudo isso contribuía para o incentivo do hábito da leitura e para que desaparecessem os chamados “bandos”, comunicados oficiais antes lidos em praças públicas anunciados por tambores, para que as pessoas deles tivessem conhecimento.
A comunicação oral perdurou no Brasil por muito tempo, pois a grande maioria da população era analfabeta e ficava sabendo do que acontecia por “ouvir dizer”.
D. João estimulava muito os estudos. Em especial se fossem cientistas estrangeiros organizando missões, por conta própria, para conhecer o Brasil, no que dizia respeito a minerais, a flora e a fauna. A parti de 1810 diversos estudiosos começaram a chegar, e seus trabalhos e estudos são, até hoje, de enorme valia para historiadores, sociólogos e antropólogos. O barão Georg Heinrich Von Langsdorff, cônsul-geral da Rússia no Brasil instalou-se nos arredores do Rio de Janeiro e acabou por transformar sua residência em um museu de história natural, palco de “reuniões” entre cientistas de passagem pelo Brasil. Langsdorff, anos mais tarde, recebeu apoio de Nicolau I para empreender uma expedição pelo interior brasileiro, alcançando o Arraial do Tijuco, em Minas Gerais, e a região amazônica.
Em 1815 chegou ao Rio o príncipe alemão Maximilian Von Wied-Neuwied (foto). Era um naturalista por excelência e deixou importantes contribuições nos campos da botânica, zoologia e etnologia, colhendo suas informações em várias expedições realizadas pelo sertão da Bahia.
Em seu livro Viagem ao Brasil nos Anos de 1815 e 1817, apresenta ricas e inéditas informações etnográficas relativas a tribos de índios brasileiros. Esteve em uma aldeia de puris, onde colheu dados precisos e detalhados sobre sua língua, costumes e comportamento desses índios, até hoje de grande interesse para os estudos de antropologia.
Foram também de grande importância para a botânica os naturalistas da missão científica austro-bávara, o botânico Karl Friedrich Philipp Von Martius e o zoólogo Johann Baptist Von Spix, que percorreram o Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Piauí, Maranhão e o rio Amazonas.
As conseqüências da vinda da Família Real para o desenvolvimento Cultural
A partir de 1808, quando D. João autorizou o funcionamento de tipografias e a publicação de matéria impressa, a instalação da Corte no Rio de Janeiro inaugurou uma importante novidade para a vida política e cultural brasileira: a publicação de jornais. No dia 10 de Setembro de 1808 foi lançado o primeiro de muitos jornais brasileiros, nomeado a Gazeta do Rio de Janeiro, era dirigido pelo frei Tibúrcio José da Rocha e se tratava de uma espécie de diário oficial da Corte.
Como havia um intenso interesse pelas novidades literárias e científicas européias, existia um intenso contrabando de livros que abastecia a elite letrada do Brasil. Ainda assim, a publicação de jornais e a instalação da Imprensa Régia representaram uma ruptura com o passado. A Imprensa Régia era a editora da Corte e, ainda que parte do que publicava não passasse de panegíricos e outros textos que louvavam a monarquia, tudo isso contribuía para o incentivo do hábito da leitura e para que desaparecessem os chamados “bandos”, comunicados oficiais antes lidos em praças públicas anunciados por tambores, para que as pessoas deles tivessem conhecimento.
A comunicação oral perdurou no Brasil por muito tempo, pois a grande maioria da população era analfabeta e ficava sabendo do que acontecia por “ouvir dizer”.
D. João estimulava muito os estudos. Em especial se fossem cientistas estrangeiros organizando missões, por conta própria, para conhecer o Brasil, no que dizia respeito a minerais, a flora e a fauna. A parti de 1810 diversos estudiosos começaram a chegar, e seus trabalhos e estudos são, até hoje, de enorme valia para historiadores, sociólogos e antropólogos. O barão Georg Heinrich Von Langsdorff, cônsul-geral da Rússia no Brasil instalou-se nos arredores do Rio de Janeiro e acabou por transformar sua residência em um museu de história natural, palco de “reuniões” entre cientistas de passagem pelo Brasil. Langsdorff, anos mais tarde, recebeu apoio de Nicolau I para empreender uma expedição pelo interior brasileiro, alcançando o Arraial do Tijuco, em Minas Gerais, e a região amazônica.
Em 1815 chegou ao Rio o príncipe alemão Maximilian Von Wied-Neuwied (foto). Era um naturalista por excelência e deixou importantes contribuições nos campos da botânica, zoologia e etnologia, colhendo suas informações em várias expedições realizadas pelo sertão da Bahia.
Em seu livro Viagem ao Brasil nos Anos de 1815 e 1817, apresenta ricas e inéditas informações etnográficas relativas a tribos de índios brasileiros. Esteve em uma aldeia de puris, onde colheu dados precisos e detalhados sobre sua língua, costumes e comportamento desses índios, até hoje de grande interesse para os estudos de antropologia.
Foram também de grande importância para a botânica os naturalistas da missão científica austro-bávara, o botânico Karl Friedrich Philipp Von Martius e o zoólogo Johann Baptist Von Spix, que percorreram o Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Piauí, Maranhão e o rio Amazonas.
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