ESTAMOS FORMANDO UMA GERAÇÃO DE EGOÍSTAS,EGOCÊNTRICOS, ALIENADOS E INCONSEQUENTES - Atividades para o Ensino Médio (com gabarito)
Isabel Cristina Gonçalves
http://pensadoranonimo.com.br/estamos-formando-uma-geracao-de-egoistas-egocentricos-alienados-e-inconsequentes/
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1
Acabaram as festas, janeiro começou e em breve o ano letivo ganhará
vida. Novos calouros ávidos por uma “nova” vida de descobertas
desembarcarão em Adamantina. Nem faz um ano uma garota, em sua primeira
semana de aula na faculdade, teve suas pernas queimadas em um dia de
acolhimento de calouros. Jovem, em seus 17 anos e feliz por realizar o
sonho de ingressar em uma faculdade. Mas em um dia que deveria ser de
festa foi interceptada por “colegas” veteranos. Foi pintada com tintas e
esmalte até que sentiu que jogaram um líquido em suas pernas. Nada
notou até que a água da chuva, por ironia, em lugar de lavar e limpá-la
provocou uma reação química que resultou em queimaduras de terceiro grau
em suas duas pernas. O mesmo aconteceu com uma colega de turma que teve
as pernas queimadas e outro rapaz que correu o risco de perder a visão.
O líquido? Uma provável mistura de creolina e ácido!
2
Casos amplamente noticiados pela imprensa local, regional e nacional.
Mas relatos contam mais sobre este dia trágico, como inúmeros casos
registrados de coma alcoólico, além de meninas que tiveram suas roupas
rasgadas e sofreram toda uma série de constrangimentos.
3
Fatos como estes contribuem para nos trazer de volta à realidade e,
guardadas as devidas proporções, ilustra que vivemos sim em um país onde
a “barbárie” ganha força e impera em diversos núcleos de nossa
sociedade e se alastra com uma rapidez de rastilho de pólvora. Casos se
repetem em diversos estados e cidades, o caso dos calouros da FAI de
Adamantina não é e nem será o último, quantas tristes histórias já foram
relatadas, como a do jovem morto atirado em uma piscina da USP, amanhã
mais um gay ou um negro, ou mais uma mulher que não se “deu o valor” e
andou por aí exibindo seu corpo.
4
Vivemos em uma sociedade de alienados, sujeitos que não conseguem
sequer interpretar um texto, nossas crianças são “condicionadas nas
escolas” jamais educadas. Infelizmente não há cultura neste país da
desigualdade. Parece que perdemos a capacidade de raciocinar, de
entender o contexto e complexidade de tudo os que nos cerca. Ninguém
discute com seriedade o que está levando a nossa sociedade a viver na
idade das trevas.
5
O apresentador Chico Pinheiro do Bom dia Brasil, revoltado com os
trotes violentos, afirmou que estes alunos deveriam voltar para o ensino
fundamental. Discordo radicalmente dele, estes alunos deveriam voltar
para o seio de suas famílias e lá, sim, receber educação básica,
educação para a vida.
6
Os pais estão terceirizando a educação de seus filhos e, em um mundo
sem tempo e repleto de culpa delegam a educação de seus filhos a
professores que não podem ser responsabilizados e muito menos tem
competência e formação para isso. Professores são facilitadores da
inteligência coletiva, pais são os educadores na/da/para a vida!
7
Nos dias de hoje o tempo passa rápido demais. Muito rápido, tão rápido
que nem dá tempo de tentar entender e processar o que foi vivido nas
poucas horas atrás.
8
A molecada acorda cedo, vai pra escola. Chega em casa, almoça ao mesmo
tempo que assiste TV, atualiza a conversa no WhatsApp, checa sua
‘TimeLine’ no Facebook, curte páginas dos amigos, coloca em dia as
curtidas do Instagram e comenta de forma superficial – pois não
compreende o contexto e complexidade – as reportagens da TV. Se
perguntar quem dividiu a mesa com eles (os pais também estão brincando
com o celular) é possível que nem tenham se dado conta, pois estão mais
próximos dos amigos “virtuais” do que daqueles que compartilham o mesmo
espaço, a mesma mesa e a mesma comida com eles. Mas o mais trágico nisso
tudo é que os pais, também, estão sentados à mesa assistindo TV,
atualizando a conversa no WhatsApp, checando sua ‘TimeLine’ no Facebook,
colocando em dia as curtidas do Instagram e comentando de forma
superficial as reportagens da TV.
8 Depois do almoço os pais irão para o trabalho e os filhos para a aula de computação, inglês, academia…
9
À noite ficarão no quarto em frente ao note navegando por sites que
jamais se lembrarão, conversando pelo skype, jogando on line, até a hora
de dormir.
10
No final de semana estes jovens dormirão a maior parte do tempo para
se preparar para a noite, para a balada, onde pegarão todos e todas e
beberão até cair.
11
Estes jovens entram muito cedo em sua vida pretensamente “adulta”. Já
“brincam” de papai e mamãe antes mesmo de brincar de casinha. Estes
jovens são lançados da infância, cada vez mais curta, direto para a vida
“adulta”, passando sem piscar pela adolescência.
12
Qual estrutura e base estes jovens terão para superar conflitos
pessoais? Comportam-se como adultos aos 13, 14, 15 anos e, em muitos
casos são tratados como adultos, mas não são adultos, são crianças e
adolescentes que não sabem absolutamente nada da vida, mas são cobrados
como se soubessem de tudo e pior, acreditam que sabem sobre tudo. Eles
querem ser aceitos, infelizmente querem ser aceitos em um mundo irreal
de aparências!
13
Nesse “nosso” mundo do “parecer”, do “fake”, do consumo do corpo
perfeito, da mentira perfeita, do dinheiro a qualquer custo, do consumir
e exibir, da exposição sem limites, da falsa propaganda que vende vidas
“perfeitas” somos “forçados” a fazer parte dessa sociedade de
“mentirinha”.
14
Na sociedade do consumo do corpo perfeito, da vida perfeita, do ser
perfeito, não existe espaço pra “ser humano”, não existe lugar “para
sermos quem somos”, aqueles que exibem suas imperfeições, pois o
imperfeito não cabe na aparência perfeita do mundo da mentira.
15
Todos nós queremos fazer parte de algo, ser parte de algo.
Principalmente quando somos jovens. Nossa turma é nossa razão de ser e
estar no mundo. Comportamo-nos como tribos, somos territorialistas e,
fazer parte deste “algo” nos confere identidade. E aí para fazer parte
desse mundo, o jovem segue a turma, mesmo em muitos casos, sem saber por
que está fazendo isso, mesmo sabendo que muitas coisas que fazem são
erradas, vale a pena correr o risco para “ser” parte da turma!
16
E neste mundo, empoeirado, intenta-se forçar o sujeito a aderir sem
contestação ao padrão de ser e estar neste “mundo”, reduzindo sublimes e
maravilhosas peculiaridades e particularidades, ou seja, nossas
magníficas diferenças, em uma uniformidade que se encaixa na perfeita
adequação a uma sociedade tamponada, uniforme, opaca, moralista,
hipócrita. É a construção de um mundo baseado em mentiras e sem
alicerce.
17
As inquietudes de nossa alma deveriam ser tratadas em nossas relações
cotidianas, primeiro no seio carinhoso da família, depois nas escolas,
nos relacionando com os professores e com os colegas de aula, com os
amigos e também com os inimigos, com os namorados, patrões… Vivendo
nossas experiências boas e más, aprendendo a entendê-las. Passamos por
frustrações a aprendemos a superá-las. Este é o ciclo natural das
coisas, é preciso viver para compreender a vida, viver todas as emoções,
boas e más, sorrir, chorar, vencer, perder, amar, rejeitar, ser
rejeitado, ter amigos, inimigos, construir alianças, quebrá-las… Cabe à
família dar o suporte, fornecer o alicerce para que este ser, mesmo em
épocas de tempestade, não desmorone. E na convivência cotidiana,
construirá seu edifício interno, com janelas, portas, divisórias, que
poderá balançar em muitos casos, mas jamais desabar se bem estruturado.
18 Mas como educar se os pais não têm “tempo” para ajudar estes jovens a construir sua estrutura?
19
Os filhos não têm “tempo” para escutar o que os pais têm pra dizer,
talvez uma conferência familiar pelo Whats ou Skype, quem sabe…
20 Os amigos não têm todas as respostas.
21 E talvez o mais triste para esta geração: O Google não tem todas as respostas.
22
Nossos jovens produzem eventos para postar, ser curtido e comentado.
Situações são criadas para movimentar e dar liquidez ao “mercado” da
popularidade, as “ações pessoais na bolsa virtual” crescem conforme o
número de “posts, comments e likes”. Uma sociedade baseada no
consumismo, que valora cada ser humano por seus bens de consumo e
potencial de exibição do produto, passou a consumir avidamente “vidas”.
Vidas são colocadas em exposição, para o deleite do consumidor e
regozijo daquele que se expõe, pois quanto mais visto, mais é consumido,
assim, ganha popularidade, consequentemente “poder”. Uma sociedade sem
amor, sem paz e sem alma.
23
A alma não está sendo vendida para o diabo, mas sim, depositada em
sites de relacionamento e eventos que precisam ser constantemente
alimentados para nutrir o mercado. Se não existe um evento, tudo bem,
faz-se imagem de si mesmo, pois a imagem é tudo neste mundo baseado no
TER, SER não importa, o que vale é PARECER e, para parecer e aparecer é
preciso exibir.
24
É imperativo que estes jovens compreendam que eles NÃO têm o valor do
que é “consumido” ou do que consomem em imagens, exposição, “likes”,
compartilhamentos e “comments”. O seu valor não é “subjetivo e líquido”,
pois este “valor” está na forma como ele se constitui enquanto ser
humano real. SER REAL não é nada fácil no mundo “líquido”, mas
precisamos tentar, não apenas com os jovens, mas também em relação a
nossas vidas, pois creio que se hoje estas moças e moços vivem dessa
forma, não são nada diferente de quem os criou, pois nossa sociedade
vive de ter e exibir, nossa juventude nada mais é do que reflexo de uma
sociedade “adoentada”.
25
Pois nossas crianças já nascem sem tempo, extremamente competitivas,
presas em escolas integrais que garantirão seu “futuro”. E dessa forma
continuarão a lubrificar as engrenagens de nossa sociedade doente e
“medicada” que confunde saúde com remédios, consumo com qualidade de
vida, amor com bens de consumo. Estamos formando uma geração de
egoístas, alienados e inconsequentes, que se preocupam mais com sua
imagem do que em “ser” humano.
26
Quando somos jovens, acreditamos que sabemos tudo, que estamos prontos
para a vida, mas viver nos ensina que a gente não sabe NADA sobre a
vida. Compreender e aceitar que não somos e nunca seremos perfeitos, que
simplesmente não sabemos de quase nada e nem temos certeza de tudo, nos
torna mais abertos, mais humanos, mais doces, mais amorosos e
tolerantes, com nós mesmos e com os outros. Mas para que nossos jovens
possam compreender tudo isso, precisamos criá-los para que sejam mais
humanos, colaborativos, criativos, transgressores, mas para isso,
precisarão ser ensinados que serão alguém, não pela quantidade de bens
que possuírem e exibirem, mas sim, por “ser” humano, “ser” como verbo de
ação!
1)
Que situações a autora usou para demonstrar que vivemos em uma
sociedade de alienados e por que ela escolheu esses exemplos, na sua
opinião?
Os trotes nas universidades, para demonstrar que os jovens não estão conseguindo discernir o que é certo e errado.
Os trotes nas universidades, para demonstrar que os jovens não estão conseguindo discernir o que é certo e errado.
2) Observe a frase: “[...] amanhã mais um gay ou um negro, ou mais uma mulher que não se “deu o valor” e andou por aí exibindo seu corpo.”. Por que, na sua opinião, a autora optou por usar a expressão “deu o valor” entre aspas?
Resposta pessoal, mas espera-se que o aluno consiga relacionar o fato de que muitos acreditam que uma mulher merece ser assediada devido à roupa que usa.
Resposta pessoal, mas espera-se que o aluno consiga relacionar o fato de que muitos acreditam que uma mulher merece ser assediada devido à roupa que usa.
3) Quais as atribuições dos pais e dos professores, segundo a autora?
Professores são facilitadores da inteligência coletiva, pais são os educadores na/da/para a vida.
Professores são facilitadores da inteligência coletiva, pais são os educadores na/da/para a vida.
4) A autora discorda do posicionamento de apresentador Chico Pinheiro em que sentido?
Segundo
o apresentador, esses alunos deveriam voltar para o ensino fundamental,
já para a autora, eles deveriam voltar para a família, onde deveriam
receber educação básica e para a vida.
5) Que termo é empregado no texto para referir-se a algo que é falso?
Fake.
6) No 8º parágrafo a autora afirma: “[...] curte páginas dos amigos, coloca em dia as curtidas do Instagram e comenta de forma superficial”. Por que ele usa a expressão “de forma superficial” na sua opinião?
Resposta pessoa, mas espera-se que o aluno consiga depreender que ela se refere à falta de conhecimento, cultura, acerca das situações.
Resposta pessoa, mas espera-se que o aluno consiga depreender que ela se refere à falta de conhecimento, cultura, acerca das situações.
7) No que a autora afirma que o mundo está baseado?
Mentiras.
Mentiras.
8) Por que, na sua opinião, a autora cita que
“o mais trágico disso tudo é que os pais também estão sentados à mesa,
assistindo TV, atualizando a conversa no WhatsApp, checando sua
‘TimeLine’ no Facebook, colocando em dia as curtidas do Instagram e
comentando de forma superficial as reportagens da TV” (8º parágrafo)?
Resposta pessoal, mas espera-se que o aluno depreenda que os pais também estão inseridos nesse mundo virtual e a conversa, educação e cuidado com os filhos fica de lado.
Resposta pessoal, mas espera-se que o aluno depreenda que os pais também estão inseridos nesse mundo virtual e a conversa, educação e cuidado com os filhos fica de lado.
9) Explique a seguinte passagem do texto: “Na sociedade do consumo do corpo perfeito, da vida perfeita, do ser perfeito, não existe espaço pra “ser humano” (14º parágrafo).
O ser humano não é perfeito, portanto, ao compartilhar tudo como sendo perfeito, o ser humano deixa de existir.
O ser humano não é perfeito, portanto, ao compartilhar tudo como sendo perfeito, o ser humano deixa de existir.
10) Há no texto uma palavra usada para referir-se a algo que é do dia a dia. Transcreva a frase onde ela aparece.
Cotidiano.
11) O que, segundo a autora, é mais importante nesse mundo baseado no “ter”?
Parecer; exibir.
Parecer; exibir.
12) Nas frases abaixo, foram omitidos pronomes pessoais. Indique que pronomes são esses e a que pessoa do discurso se referem:
a) “Foi pintada com tintas e esmalte até que sentiu que jogaram um líquido em suas pernas”. (1º parágrafo)
Ela - terceira pessoa do singular
Ela - terceira pessoa do singular
b)
“Vivemos em uma sociedade de alienados, sujeitos que não conseguem
sequer interpretar um texto, nossas crianças são “condicionadas nas
escolas” jamais educadas. Infelizmente não há cultura neste país da
desigualdade”. (4º parágrafo)
Nós - primeira pessoa do plural
Nós - primeira pessoa do plural
c)
“Discordo radicalmente dele, estes alunos deveriam voltar para o seio
de suas famílias e lá, sim, receber educação básica, educação para a
vida.” (5º parágrafo)
Eu - primeira pessoa do singular
Eu - primeira pessoa do singular
d)
“À noite, ficarão no quarto em frente ao note navegando por sites que
jamais se lembrarão, conversando pelo skype, jogando on line, até a hora
de dormir.” (9º parágrafo)
Eles - terceira pessoa do plural
Eles - terceira pessoa do plural
13) Observe a seguinte frase: “Os pais estão
terceirizando a educação de seus filhos e, em um mundo sem tempo e
repleto de culpa delegam a educação de seus filhos a professores que não
podem ser responsabilizados e muito menos tem competência e formação
para isso.” (6º parágrafo). O pronome que substitui adequadamente a
expressão destacada é o pronome pessoal reto, referente a 3ª pessoa do
plural – eles; dessa forma, a frase ficaria redigida da seguinte
maneira: “Eles estão terceirizando a educação de seus filhos e, em
um mundo sem tempo e repleto de culpa delegam a educação de seus filhos a
professores que não podem ser responsabilizados e muito menos tem
competência e formação para isso.” Reescreva a frase, empregando os pronomes solicitados abaixo, fazendo as alterações necessárias e a devida concordância.
a) Pronome pessoal reto – 1ª pessoa do singular
Eu estou terceirizando a educação de meus filhos e,
em um mundo sem tempo e repleto de culpa delego a educação de meus filhos a professores que não podem ser responsabilizados e muito menos tem competência e formação para isso.
Eu estou terceirizando a educação de meus filhos e,
em um mundo sem tempo e repleto de culpa delego a educação de meus filhos a professores que não podem ser responsabilizados e muito menos tem competência e formação para isso.
b) Pronome pessoal reto – 1ª pessoa do plural
Nós estamos terceirizando a educação de nossos filhos e,
em um mundo sem tempo e repleto de culpa delegamos a educação de nossos filhos a professores que não podem ser responsabilizados e muito menos tem competência e formação para isso.
em um mundo sem tempo e repleto de culpa delegamos a educação de nossos filhos a professores que não podem ser responsabilizados e muito menos tem competência e formação para isso.
c) pronome pessoal reto – 3ª pessoa do singular
Ele está terceirizando a educação de seu filho e,
em um mundo sem tempo e repleto de culpa delega a educação de seu filho a professores que não podem ser responsabilizados e muito menos tem competência e formação para isso
Ele está terceirizando a educação de seu filho e,
em um mundo sem tempo e repleto de culpa delega a educação de seu filho a professores que não podem ser responsabilizados e muito menos tem competência e formação para isso
14) Nas frases abaixo, responda qual termo foi substituído pelos pronomes destacados. Retome o texto, caso necessário:
a) “Vivendo nossas experiências boas e más, aprendendo a entendê-las. Passamos por frustrações a aprendemos a superá-las”. (17º parágrafo)
Experiências.
Experiências.
b) “[...] construir alianças, quebrá-las…[... ] (17º parágrafo)
Alianças.
Alianças.
c) “Mas para que nossos jovens possam compreender tudo isso, precisamos criá-los para que sejam mais humanos, colaborativos, criativos, [...] (26º parágrafo)
Jovens.
Jovens.
d) “Comportam-se como adultos aos 13, 14, 15 anos [...]” (12º parágrafo)
Jovens.
ESTAMOS FORMANDO UMA GERAÇÃO DE EGOÍSTAS,EGOCÊNTRICOS, ALIENADOS E INCONSEQUENTES - Atividades para o Ensino Médio (com gabarito)
Isabel Cristina Gonçalves
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1
Acabaram as festas, janeiro começou e em breve o ano letivo ganhará
vida. Novos calouros ávidos por uma “nova” vida de descobertas
desembarcarão em Adamantina. Nem faz um ano uma garota, em sua primeira
semana de aula na faculdade, teve suas pernas queimadas em um dia de
acolhimento de calouros. Jovem, em seus 17 anos e feliz por realizar o
sonho de ingressar em uma faculdade. Mas em um dia que deveria ser de
festa foi interceptada por “colegas” veteranos. Foi pintada com tintas e
esmalte até que sentiu que jogaram um líquido em suas pernas. Nada
notou até que a água da chuva, por ironia, em lugar de lavar e limpá-la
provocou uma reação química que resultou em queimaduras de terceiro grau
em suas duas pernas. O mesmo aconteceu com uma colega de turma que teve
as pernas queimadas e outro rapaz que correu o risco de perder a visão.
O líquido? Uma provável mistura de creolina e ácido!
2
Casos amplamente noticiados pela imprensa local, regional e nacional.
Mas relatos contam mais sobre este dia trágico, como inúmeros casos
registrados de coma alcoólico, além de meninas que tiveram suas roupas
rasgadas e sofreram toda uma série de constrangimentos.
3
Fatos como estes contribuem para nos trazer de volta à realidade e,
guardadas as devidas proporções, ilustra que vivemos sim em um país onde
a “barbárie” ganha força e impera em diversos núcleos de nossa
sociedade e se alastra com uma rapidez de rastilho de pólvora. Casos se
repetem em diversos estados e cidades, o caso dos calouros da FAI de
Adamantina não é e nem será o último, quantas tristes histórias já foram
relatadas, como a do jovem morto atirado em uma piscina da USP, amanhã
mais um gay ou um negro, ou mais uma mulher que não se “deu o valor” e
andou por aí exibindo seu corpo.
4
Vivemos em uma sociedade de alienados, sujeitos que não conseguem
sequer interpretar um texto, nossas crianças são “condicionadas nas
escolas” jamais educadas. Infelizmente não há cultura neste país da
desigualdade. Parece que perdemos a capacidade de raciocinar, de
entender o contexto e complexidade de tudo os que nos cerca. Ninguém
discute com seriedade o que está levando a nossa sociedade a viver na
idade das trevas.
5
O apresentador Chico Pinheiro do Bom dia Brasil, revoltado com os
trotes violentos, afirmou que estes alunos deveriam voltar para o ensino
fundamental. Discordo radicalmente dele, estes alunos deveriam voltar
para o seio de suas famílias e lá, sim, receber educação básica,
educação para a vida.
6
Os pais estão terceirizando a educação de seus filhos e, em um mundo
sem tempo e repleto de culpa delegam a educação de seus filhos a
professores que não podem ser responsabilizados e muito menos tem
competência e formação para isso. Professores são facilitadores da
inteligência coletiva, pais são os educadores na/da/para a vida!
7
Nos dias de hoje o tempo passa rápido demais. Muito rápido, tão rápido
que nem dá tempo de tentar entender e processar o que foi vivido nas
poucas horas atrás.
8
A molecada acorda cedo, vai pra escola. Chega em casa, almoça ao mesmo
tempo que assiste TV, atualiza a conversa no WhatsApp, checa sua
‘TimeLine’ no Facebook, curte páginas dos amigos, coloca em dia as
curtidas do Instagram e comenta de forma superficial – pois não
compreende o contexto e complexidade – as reportagens da TV. Se
perguntar quem dividiu a mesa com eles (os pais também estão brincando
com o celular) é possível que nem tenham se dado conta, pois estão mais
próximos dos amigos “virtuais” do que daqueles que compartilham o mesmo
espaço, a mesma mesa e a mesma comida com eles. Mas o mais trágico nisso
tudo é que os pais, também, estão sentados à mesa assistindo TV,
atualizando a conversa no WhatsApp, checando sua ‘TimeLine’ no Facebook,
colocando em dia as curtidas do Instagram e comentando de forma
superficial as reportagens da TV.
8 Depois do almoço os pais irão para o trabalho e os filhos para a aula de computação, inglês, academia…
9
À noite ficarão no quarto em frente ao note navegando por sites que
jamais se lembrarão, conversando pelo skype, jogando on line, até a hora
de dormir.
10
No final de semana estes jovens dormirão a maior parte do tempo para
se preparar para a noite, para a balada, onde pegarão todos e todas e
beberão até cair.
11
Estes jovens entram muito cedo em sua vida pretensamente “adulta”. Já
“brincam” de papai e mamãe antes mesmo de brincar de casinha. Estes
jovens são lançados da infância, cada vez mais curta, direto para a vida
“adulta”, passando sem piscar pela adolescência.
12
Qual estrutura e base estes jovens terão para superar conflitos
pessoais? Comportam-se como adultos aos 13, 14, 15 anos e, em muitos
casos são tratados como adultos, mas não são adultos, são crianças e
adolescentes que não sabem absolutamente nada da vida, mas são cobrados
como se soubessem de tudo e pior, acreditam que sabem sobre tudo. Eles
querem ser aceitos, infelizmente querem ser aceitos em um mundo irreal
de aparências!
13
Nesse “nosso” mundo do “parecer”, do “fake”, do consumo do corpo
perfeito, da mentira perfeita, do dinheiro a qualquer custo, do consumir
e exibir, da exposição sem limites, da falsa propaganda que vende vidas
“perfeitas” somos “forçados” a fazer parte dessa sociedade de
“mentirinha”.
14
Na sociedade do consumo do corpo perfeito, da vida perfeita, do ser
perfeito, não existe espaço pra “ser humano”, não existe lugar “para
sermos quem somos”, aqueles que exibem suas imperfeições, pois o
imperfeito não cabe na aparência perfeita do mundo da mentira.
15
Todos nós queremos fazer parte de algo, ser parte de algo.
Principalmente quando somos jovens. Nossa turma é nossa razão de ser e
estar no mundo. Comportamo-nos como tribos, somos territorialistas e,
fazer parte deste “algo” nos confere identidade. E aí para fazer parte
desse mundo, o jovem segue a turma, mesmo em muitos casos, sem saber por
que está fazendo isso, mesmo sabendo que muitas coisas que fazem são
erradas, vale a pena correr o risco para “ser” parte da turma!
16
E neste mundo, empoeirado, intenta-se forçar o sujeito a aderir sem
contestação ao padrão de ser e estar neste “mundo”, reduzindo sublimes e
maravilhosas peculiaridades e particularidades, ou seja, nossas
magníficas diferenças, em uma uniformidade que se encaixa na perfeita
adequação a uma sociedade tamponada, uniforme, opaca, moralista,
hipócrita. É a construção de um mundo baseado em mentiras e sem
alicerce.
17
As inquietudes de nossa alma deveriam ser tratadas em nossas relações
cotidianas, primeiro no seio carinhoso da família, depois nas escolas,
nos relacionando com os professores e com os colegas de aula, com os
amigos e também com os inimigos, com os namorados, patrões… Vivendo
nossas experiências boas e más, aprendendo a entendê-las. Passamos por
frustrações a aprendemos a superá-las. Este é o ciclo natural das
coisas, é preciso viver para compreender a vida, viver todas as emoções,
boas e más, sorrir, chorar, vencer, perder, amar, rejeitar, ser
rejeitado, ter amigos, inimigos, construir alianças, quebrá-las… Cabe à
família dar o suporte, fornecer o alicerce para que este ser, mesmo em
épocas de tempestade, não desmorone. E na convivência cotidiana,
construirá seu edifício interno, com janelas, portas, divisórias, que
poderá balançar em muitos casos, mas jamais desabar se bem estruturado.
18 Mas como educar se os pais não têm “tempo” para ajudar estes jovens a construir sua estrutura?
19
Os filhos não têm “tempo” para escutar o que os pais têm pra dizer,
talvez uma conferência familiar pelo Whats ou Skype, quem sabe…
20 Os amigos não têm todas as respostas.
21 E talvez o mais triste para esta geração: O Google não tem todas as respostas.
22
Nossos jovens produzem eventos para postar, ser curtido e comentado.
Situações são criadas para movimentar e dar liquidez ao “mercado” da
popularidade, as “ações pessoais na bolsa virtual” crescem conforme o
número de “posts, comments e likes”. Uma sociedade baseada no
consumismo, que valora cada ser humano por seus bens de consumo e
potencial de exibição do produto, passou a consumir avidamente “vidas”.
Vidas são colocadas em exposição, para o deleite do consumidor e
regozijo daquele que se expõe, pois quanto mais visto, mais é consumido,
assim, ganha popularidade, consequentemente “poder”. Uma sociedade sem
amor, sem paz e sem alma.
23
A alma não está sendo vendida para o diabo, mas sim, depositada em
sites de relacionamento e eventos que precisam ser constantemente
alimentados para nutrir o mercado. Se não existe um evento, tudo bem,
faz-se imagem de si mesmo, pois a imagem é tudo neste mundo baseado no
TER, SER não importa, o que vale é PARECER e, para parecer e aparecer é
preciso exibir.
24
É imperativo que estes jovens compreendam que eles NÃO têm o valor do
que é “consumido” ou do que consomem em imagens, exposição, “likes”,
compartilhamentos e “comments”. O seu valor não é “subjetivo e líquido”,
pois este “valor” está na forma como ele se constitui enquanto ser
humano real. SER REAL não é nada fácil no mundo “líquido”, mas
precisamos tentar, não apenas com os jovens, mas também em relação a
nossas vidas, pois creio que se hoje estas moças e moços vivem dessa
forma, não são nada diferente de quem os criou, pois nossa sociedade
vive de ter e exibir, nossa juventude nada mais é do que reflexo de uma
sociedade “adoentada”.
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Pois nossas crianças já nascem sem tempo, extremamente competitivas,
presas em escolas integrais que garantirão seu “futuro”. E dessa forma
continuarão a lubrificar as engrenagens de nossa sociedade doente e
“medicada” que confunde saúde com remédios, consumo com qualidade de
vida, amor com bens de consumo. Estamos formando uma geração de
egoístas, alienados e inconsequentes, que se preocupam mais com sua
imagem do que em “ser” humano.
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Quando somos jovens, acreditamos que sabemos tudo, que estamos prontos
para a vida, mas viver nos ensina que a gente não sabe NADA sobre a
vida. Compreender e aceitar que não somos e nunca seremos perfeitos, que
simplesmente não sabemos de quase nada e nem temos certeza de tudo, nos
torna mais abertos, mais humanos, mais doces, mais amorosos e
tolerantes, com nós mesmos e com os outros. Mas para que nossos jovens
possam compreender tudo isso, precisamos criá-los para que sejam mais
humanos, colaborativos, criativos, transgressores, mas para isso,
precisarão ser ensinados que serão alguém, não pela quantidade de bens
que possuírem e exibirem, mas sim, por “ser” humano, “ser” como verbo de
ação!
1)
Que situações a autora usou para demonstrar que vivemos em uma
sociedade de alienados e por que ela escolheu esses exemplos, na sua
opinião?
Os trotes nas universidades, para demonstrar que os jovens não estão conseguindo discernir o que é certo e errado.
Os trotes nas universidades, para demonstrar que os jovens não estão conseguindo discernir o que é certo e errado.
2) Observe a frase: “[...] amanhã mais um gay ou um negro, ou mais uma mulher que não se “deu o valor” e andou por aí exibindo seu corpo.”. Por que, na sua opinião, a autora optou por usar a expressão “deu o valor” entre aspas?
Resposta pessoal, mas espera-se que o aluno consiga relacionar o fato de que muitos acreditam que uma mulher merece ser assediada devido à roupa que usa.
Resposta pessoal, mas espera-se que o aluno consiga relacionar o fato de que muitos acreditam que uma mulher merece ser assediada devido à roupa que usa.
3) Quais as atribuições dos pais e dos professores, segundo a autora?
Professores são facilitadores da inteligência coletiva, pais são os educadores na/da/para a vida.
Professores são facilitadores da inteligência coletiva, pais são os educadores na/da/para a vida.
4) A autora discorda do posicionamento de apresentador Chico Pinheiro em que sentido?
Segundo
o apresentador, esses alunos deveriam voltar para o ensino fundamental,
já para a autora, eles deveriam voltar para a família, onde deveriam
receber educação básica e para a vida.
5) Que termo é empregado no texto para referir-se a algo que é falso?
Fake.
6) No 8º parágrafo a autora afirma: “[...] curte páginas dos amigos, coloca em dia as curtidas do Instagram e comenta de forma superficial”. Por que ele usa a expressão “de forma superficial” na sua opinião?
Resposta pessoa, mas espera-se que o aluno consiga depreender que ela se refere à falta de conhecimento, cultura, acerca das situações.
Resposta pessoa, mas espera-se que o aluno consiga depreender que ela se refere à falta de conhecimento, cultura, acerca das situações.
7) No que a autora afirma que o mundo está baseado?
Mentiras.
Mentiras.
8) Por que, na sua opinião, a autora cita que
“o mais trágico disso tudo é que os pais também estão sentados à mesa,
assistindo TV, atualizando a conversa no WhatsApp, checando sua
‘TimeLine’ no Facebook, colocando em dia as curtidas do Instagram e
comentando de forma superficial as reportagens da TV” (8º parágrafo)?
Resposta pessoal, mas espera-se que o aluno depreenda que os pais também estão inseridos nesse mundo virtual e a conversa, educação e cuidado com os filhos fica de lado.
Resposta pessoal, mas espera-se que o aluno depreenda que os pais também estão inseridos nesse mundo virtual e a conversa, educação e cuidado com os filhos fica de lado.
9) Explique a seguinte passagem do texto: “Na sociedade do consumo do corpo perfeito, da vida perfeita, do ser perfeito, não existe espaço pra “ser humano” (14º parágrafo).
O ser humano não é perfeito, portanto, ao compartilhar tudo como sendo perfeito, o ser humano deixa de existir.
O ser humano não é perfeito, portanto, ao compartilhar tudo como sendo perfeito, o ser humano deixa de existir.
10) Há no texto uma palavra usada para referir-se a algo que é do dia a dia. Transcreva a frase onde ela aparece.
Cotidiano.
11) O que, segundo a autora, é mais importante nesse mundo baseado no “ter”?
Parecer; exibir.
Parecer; exibir.
12) Nas frases abaixo, foram omitidos pronomes pessoais. Indique que pronomes são esses e a que pessoa do discurso se referem:
a) “Foi pintada com tintas e esmalte até que sentiu que jogaram um líquido em suas pernas”. (1º parágrafo)
Ela - terceira pessoa do singular
Ela - terceira pessoa do singular
b)
“Vivemos em uma sociedade de alienados, sujeitos que não conseguem
sequer interpretar um texto, nossas crianças são “condicionadas nas
escolas” jamais educadas. Infelizmente não há cultura neste país da
desigualdade”. (4º parágrafo)
Nós - primeira pessoa do plural
Nós - primeira pessoa do plural
c)
“Discordo radicalmente dele, estes alunos deveriam voltar para o seio
de suas famílias e lá, sim, receber educação básica, educação para a
vida.” (5º parágrafo)
Eu - primeira pessoa do singular
Eu - primeira pessoa do singular
d)
“À noite, ficarão no quarto em frente ao note navegando por sites que
jamais se lembrarão, conversando pelo skype, jogando on line, até a hora
de dormir.” (9º parágrafo)
Eles - terceira pessoa do plural
Eles - terceira pessoa do plural
13) Observe a seguinte frase: “Os pais estão
terceirizando a educação de seus filhos e, em um mundo sem tempo e
repleto de culpa delegam a educação de seus filhos a professores que não
podem ser responsabilizados e muito menos tem competência e formação
para isso.” (6º parágrafo). O pronome que substitui adequadamente a
expressão destacada é o pronome pessoal reto, referente a 3ª pessoa do
plural – eles; dessa forma, a frase ficaria redigida da seguinte
maneira: “Eles estão terceirizando a educação de seus filhos e, em
um mundo sem tempo e repleto de culpa delegam a educação de seus filhos a
professores que não podem ser responsabilizados e muito menos tem
competência e formação para isso.” Reescreva a frase, empregando os pronomes solicitados abaixo, fazendo as alterações necessárias e a devida concordância.
a) Pronome pessoal reto – 1ª pessoa do singular
Eu estou terceirizando a educação de meus filhos e,
em um mundo sem tempo e repleto de culpa delego a educação de meus filhos a professores que não podem ser responsabilizados e muito menos tem competência e formação para isso.
Eu estou terceirizando a educação de meus filhos e,
em um mundo sem tempo e repleto de culpa delego a educação de meus filhos a professores que não podem ser responsabilizados e muito menos tem competência e formação para isso.
b) Pronome pessoal reto – 1ª pessoa do plural
Nós estamos terceirizando a educação de nossos filhos e,
em um mundo sem tempo e repleto de culpa delegamos a educação de nossos filhos a professores que não podem ser responsabilizados e muito menos tem competência e formação para isso.
em um mundo sem tempo e repleto de culpa delegamos a educação de nossos filhos a professores que não podem ser responsabilizados e muito menos tem competência e formação para isso.
c) pronome pessoal reto – 3ª pessoa do singular
Ele está terceirizando a educação de seu filho e,
em um mundo sem tempo e repleto de culpa delega a educação de seu filho a professores que não podem ser responsabilizados e muito menos tem competência e formação para isso
Ele está terceirizando a educação de seu filho e,
em um mundo sem tempo e repleto de culpa delega a educação de seu filho a professores que não podem ser responsabilizados e muito menos tem competência e formação para isso
14) Nas frases abaixo, responda qual termo foi substituído pelos pronomes destacados. Retome o texto, caso necessário:
a) “Vivendo nossas experiências boas e más, aprendendo a entendê-las. Passamos por frustrações a aprendemos a superá-las”. (17º parágrafo)
Experiências.
Experiências.
b) “[...] construir alianças, quebrá-las…[... ] (17º parágrafo)
Alianças.
Alianças.
c) “Mas para que nossos jovens possam compreender tudo isso, precisamos criá-los para que sejam mais humanos, colaborativos, criativos, [...] (26º parágrafo)
Jovens.
Jovens.
d) “Comportam-se como adultos aos 13, 14, 15 anos [...]” (12º parágrafo)
Jovens.
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