A vida boa do goleiro Bruno, com os selfies dos fãs, é símbolo no novo normal nacional
Por Kiko Nogueira
Sujeito de sorte o goleiro Bruno.
Foi
detido em 2010 e condenado em 2013 a 22 anos e 3 meses pelo assassinato
e ocultação de cadáver de sua ex-namorada Eliza Samúdio e pelo
sequestro e cárcere privado do filho Bruninho.
O
corpo de Eliza jamais foi encontrado. Ela tinha 25 anos. Na época,
Bruno era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade.
Num
depoimento, ele contou que Eliza foi morta, esquartejada e os restos
atirados aos cães — insistindo que não foi obra sua, mas do comparsa
“Macarrão”.
Ficou
seis anos e sete meses na cadeia. No último dia 24, o ministro Marco
Aurélio Mello, do STF, determinou que ele aguardasse em liberdade sua
apelação ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
Ao sair, Bruno falou que a “prisão perpétua” não traria Eliza de volta. Fica a seu critério entender isso como uma confissão.
Casado,
convertido a uma igreja evangélica, Bruno analisa agora propostas de
nove times. São três do Rio, sendo um da Série A, três de Minas, dois de
São Paulo e um de Brasília.
Seu advogado prefere não declinar os nomes para não atrapalhar as negociações.
Ele está feliz. Recentemente, apresentou-se no Fórum de Santa Luzia, na Grande Belo Horizonte, para informar onde vai morar.
Chegou
com uma camiseta regata da torcida organizada Galoucura, do Atlético,
equipe que o revelou. Foi recebido calorosamente por fãs, com quem tirou
vários selfies.
Um
sujeito apareceu com uma máscara de cachorro e houve uma certa tensão,
logo dissipada — tratava-se de um homem conhecido na cidade por essa
excentricidade e que apenas queria externar sua admiração pelo arqueiro e
convidá-lo a se hospedar em sua pousada. Tudo na faixa.
Na hora de ir embora, Bruno saiu sorrindo e acenando no carro para a pequena multidão que se formou.
Em
seu despacho, Marco Aurélio escreveu que o clamor social não era
suficiente para manter o jogador em cana. É um “elemento neutro,
insuficiente a respaldar a preventiva”.
O juiz errou. Simplesmente não existe clamor algum.
O
novo normal do país nos acostumou a conviver com o absurdo. Há uma
quadrilha no poder. Michel Temer, chefe de ministros que pelejam no
crime há anos, chegou ao cargo que ocupa através de uma conspiração
aberta.
Hoje se encontra com seu advogado e ex-assessor especial José Yunes em consultórios de dentista.
Uma
presidente eleita foi derrubada num processo que tinha como advogada de
acusação uma senhora que faz a pomba gira nos arcos do Largo de São
Francisco e que não sabe usar a vírgula.
Tudo com a cumplicidade do Supremo, aquela mesma corte de Marco Aurélio Mello, o redimidor de Bruno.
É surreal. Não se trata nem de caráter. Como esperar razoabilidade do Brasil quando vivemos de cabeça para baixo?
A
mãe de Eliza Samúdio recorreu contra a soltura de Bruno. Segundo Sônia
de Fátima Marcelo da Silva de Moura, a liberdade dele põe em risco sua
integridade física e a de seu neto. Bruno é uma “pessoa fria, violenta e
dissimulada”, diz.
No
G1, um dos comentários mais populares sobre essa notícia é de um certo
Jadir Pinheiro. Reproduzo-o: “AHHH SAI FORA VÉIA…..VC NÃO CUIDOU DA SUA
FILHA , TANTO , QUE ELA ERA ATRIZ DE FILME PORNÔ , FICOU COM A GUARDA DO
NETO , POR CAUSA DA PENSÃO…MENINO DOS OVOS DE OURO PRA VC VÉIA E ESTÁ
QUERENDO ENCHER O SACO !!!….VAI TRABALHAR !!!”
Os jadires ganharam. Bem vindo, Bruno.
1) O autor começa o texto com a seguinte expressão: "Sujeito de sorte o goleiro Bruno." Como você interpreta essa afirmação?
Resposta pessoal.
Resposta pessoal.
2) Que palavra foi usada no texto para referir-se ao cúmplice de Bruno?
Comparsa.
Comparsa.
3) Na frase: "Seu advogado prefere não declinar os nomes para não atrapalhar as negociações." (8º parágrafo). Com que sentido foi empregado, no texto, o termo destacado?
Revelar.
4) "Foi recebido calorosamente por fãs, com quem tirou vários selfies" (10º parágrafo). Explique, com as suas palavras, de que forma Bruno foi recebido pelos fãs.
Foi recebido com alegria, com carinho.
Foi recebido com alegria, com carinho.
5) Por que, segundo o autor, houve uma tensão quando Bruno apresentou-se no Fórum?
Porque um homem apareceu usando uma máscara de cachorro.
6) O que significa a expressão "Tudo na faixa"?
De graça, sem custos.
7) Que termo foi empregado no texto para dizer que a confusão logo foi resolvida?
Dissipada.
Dissipada.
8) O que significa "excentricidade"?
Extravagância, mania, esquisitice.
Extravagância, mania, esquisitice.
9) De que forma Bruno é caracterizado, no 20º parágrafo?
Pessoa fria, violenta e dissimulada.
Pessoa fria, violenta e dissimulada.
10)
A partir da leitura do texto, podemos concluir qual é o posicionamento
político do autor. Destaque a frase que comprove isso.
O novo normal do país nos acostumou a conviver com o absurdo. Há uma quadrilha no poder. Michel Temer, chefe de ministros que pelejam no crime há anos, chegou ao cargo que ocupa através de uma conspiração aberta.
O novo normal do país nos acostumou a conviver com o absurdo. Há uma quadrilha no poder. Michel Temer, chefe de ministros que pelejam no crime há anos, chegou ao cargo que ocupa através de uma conspiração aberta.
11) Observe a seguinte frase: "Os jadires ganharam. Bem vindo, Bruno."(22º parágrafo). A quem o autor está se referindo e por que ele faz essa referência?
A todas as pessoas que compartilham do pensamento e da opinião de Jadir Pinheiro, destacada no texto.
A todas as pessoas que compartilham do pensamento e da opinião de Jadir Pinheiro, destacada no texto.
12) Transcreva, do texto, 3 frases nominais.
Sujeito de sorte o goleiro Bruno.
Tudo na faixa.
Bem vindo, Bruno.
Tudo na faixa.
Bem vindo, Bruno.
13) O segundo parágrafo do texto é um período simples ou composto? Justifique:
Simples, uma única oração.
14) Transcreva do texto uma oração sem sujeito.
Há uma quadrilha no poder.
15) Identifique e classifique o sujeito das orações abaixo:
a) foi detido (2º parágrafo): goleiro Bruno - simples
b) foi encontrado (3º parágrafo): o corpo de Eliza - simples
c) escreveu (13º parágrafo): Marco Aurélio - simples
d) chegou (15º parágrafo): Michel Temer - simples
16) Transcreva, do 2º parágrafo, um substantivo sobrecomum:
Cadáver.
17) Se passarmos a frase abaixo para o masculino, o número de termos a ser alterado é de:
"Uma
presidente eleita foi derrubada num processo que tinha como advogada de
acusação uma senhora que faz a pomba gira nos arcos do Largo de São
Francisco e que não sabe usar a vírgula."
a) 4 b) 7 c) 6 d) 5 e) 8
A vida boa do goleiro Bruno, com os selfies dos fãs, é símbolo no novo normal nacional
Por Kiko Nogueira
Sujeito de sorte o goleiro Bruno.
Foi
detido em 2010 e condenado em 2013 a 22 anos e 3 meses pelo assassinato
e ocultação de cadáver de sua ex-namorada Eliza Samúdio e pelo
sequestro e cárcere privado do filho Bruninho.
O
corpo de Eliza jamais foi encontrado. Ela tinha 25 anos. Na época,
Bruno era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade.
Num
depoimento, ele contou que Eliza foi morta, esquartejada e os restos
atirados aos cães — insistindo que não foi obra sua, mas do comparsa
“Macarrão”.
Ficou
seis anos e sete meses na cadeia. No último dia 24, o ministro Marco
Aurélio Mello, do STF, determinou que ele aguardasse em liberdade sua
apelação ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
Ao sair, Bruno falou que a “prisão perpétua” não traria Eliza de volta. Fica a seu critério entender isso como uma confissão.
Casado,
convertido a uma igreja evangélica, Bruno analisa agora propostas de
nove times. São três do Rio, sendo um da Série A, três de Minas, dois de
São Paulo e um de Brasília.
Seu advogado prefere não declinar os nomes para não atrapalhar as negociações.
Ele está feliz. Recentemente, apresentou-se no Fórum de Santa Luzia, na Grande Belo Horizonte, para informar onde vai morar.
Chegou
com uma camiseta regata da torcida organizada Galoucura, do Atlético,
equipe que o revelou. Foi recebido calorosamente por fãs, com quem tirou
vários selfies.
Um
sujeito apareceu com uma máscara de cachorro e houve uma certa tensão,
logo dissipada — tratava-se de um homem conhecido na cidade por essa
excentricidade e que apenas queria externar sua admiração pelo arqueiro e
convidá-lo a se hospedar em sua pousada. Tudo na faixa.
Na hora de ir embora, Bruno saiu sorrindo e acenando no carro para a pequena multidão que se formou.
Em
seu despacho, Marco Aurélio escreveu que o clamor social não era
suficiente para manter o jogador em cana. É um “elemento neutro,
insuficiente a respaldar a preventiva”.
O juiz errou. Simplesmente não existe clamor algum.
O
novo normal do país nos acostumou a conviver com o absurdo. Há uma
quadrilha no poder. Michel Temer, chefe de ministros que pelejam no
crime há anos, chegou ao cargo que ocupa através de uma conspiração
aberta.
Hoje se encontra com seu advogado e ex-assessor especial José Yunes em consultórios de dentista.
Uma
presidente eleita foi derrubada num processo que tinha como advogada de
acusação uma senhora que faz a pomba gira nos arcos do Largo de São
Francisco e que não sabe usar a vírgula.
Tudo com a cumplicidade do Supremo, aquela mesma corte de Marco Aurélio Mello, o redimidor de Bruno.
É surreal. Não se trata nem de caráter. Como esperar razoabilidade do Brasil quando vivemos de cabeça para baixo?
A
mãe de Eliza Samúdio recorreu contra a soltura de Bruno. Segundo Sônia
de Fátima Marcelo da Silva de Moura, a liberdade dele põe em risco sua
integridade física e a de seu neto. Bruno é uma “pessoa fria, violenta e
dissimulada”, diz.
No
G1, um dos comentários mais populares sobre essa notícia é de um certo
Jadir Pinheiro. Reproduzo-o: “AHHH SAI FORA VÉIA…..VC NÃO CUIDOU DA SUA
FILHA , TANTO , QUE ELA ERA ATRIZ DE FILME PORNÔ , FICOU COM A GUARDA DO
NETO , POR CAUSA DA PENSÃO…MENINO DOS OVOS DE OURO PRA VC VÉIA E ESTÁ
QUERENDO ENCHER O SACO !!!….VAI TRABALHAR !!!”
Os jadires ganharam. Bem vindo, Bruno.
1) O autor começa o texto com a seguinte expressão: "Sujeito de sorte o goleiro Bruno." Como você interpreta essa afirmação?
Resposta pessoal.
Resposta pessoal.
2) Que palavra foi usada no texto para referir-se ao cúmplice de Bruno?
Comparsa.
Comparsa.
3) Na frase: "Seu advogado prefere não declinar os nomes para não atrapalhar as negociações." (8º parágrafo). Com que sentido foi empregado, no texto, o termo destacado?
Revelar.
4) "Foi recebido calorosamente por fãs, com quem tirou vários selfies" (10º parágrafo). Explique, com as suas palavras, de que forma Bruno foi recebido pelos fãs.
Foi recebido com alegria, com carinho.
Foi recebido com alegria, com carinho.
5) Por que, segundo o autor, houve uma tensão quando Bruno apresentou-se no Fórum?
Porque um homem apareceu usando uma máscara de cachorro.
6) O que significa a expressão "Tudo na faixa"?
De graça, sem custos.
7) Que termo foi empregado no texto para dizer que a confusão logo foi resolvida?
Dissipada.
Dissipada.
8) O que significa "excentricidade"?
Extravagância, mania, esquisitice.
Extravagância, mania, esquisitice.
9) De que forma Bruno é caracterizado, no 20º parágrafo?
Pessoa fria, violenta e dissimulada.
Pessoa fria, violenta e dissimulada.
10)
A partir da leitura do texto, podemos concluir qual é o posicionamento
político do autor. Destaque a frase que comprove isso.
O novo normal do país nos acostumou a conviver com o absurdo. Há uma quadrilha no poder. Michel Temer, chefe de ministros que pelejam no crime há anos, chegou ao cargo que ocupa através de uma conspiração aberta.
O novo normal do país nos acostumou a conviver com o absurdo. Há uma quadrilha no poder. Michel Temer, chefe de ministros que pelejam no crime há anos, chegou ao cargo que ocupa através de uma conspiração aberta.
11) Observe a seguinte frase: "Os jadires ganharam. Bem vindo, Bruno."(22º parágrafo). A quem o autor está se referindo e por que ele faz essa referência?
A todas as pessoas que compartilham do pensamento e da opinião de Jadir Pinheiro, destacada no texto.
A todas as pessoas que compartilham do pensamento e da opinião de Jadir Pinheiro, destacada no texto.
12) Transcreva, do texto, 3 frases nominais.
Sujeito de sorte o goleiro Bruno.
Tudo na faixa.
Bem vindo, Bruno.
Tudo na faixa.
Bem vindo, Bruno.
13) O segundo parágrafo do texto é um período simples ou composto? Justifique:
Simples, uma única oração.
14) Transcreva do texto uma oração sem sujeito.
Há uma quadrilha no poder.
15) Identifique e classifique o sujeito das orações abaixo:
a) foi detido (2º parágrafo): goleiro Bruno - simples
b) foi encontrado (3º parágrafo): o corpo de Eliza - simples
c) escreveu (13º parágrafo): Marco Aurélio - simples
d) chegou (15º parágrafo): Michel Temer - simples
16) Transcreva, do 2º parágrafo, um substantivo sobrecomum:
Cadáver.
17) Se passarmos a frase abaixo para o masculino, o número de termos a ser alterado é de:
"Uma
presidente eleita foi derrubada num processo que tinha como advogada de
acusação uma senhora que faz a pomba gira nos arcos do Largo de São
Francisco e que não sabe usar a vírgula."
a) 4 b) 7 c) 6 d) 5 e) 8
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