A PEQUENA E A GRANDE CORRUPÇÃO - Ronaldo Pereira de Lima - ATIVIDADES PARA O ENSINO MÉDIO
A pequena e a grande corrupção
Ronaldo Pereira de Lima
http://obviousmag.org/ronperlim/2016/a-pequena-e-a-grande-corrupcao.html
Em
um de seus livros, Plínio de Arruda Sampaio disse que há dois tipos de
corrupção, a grande e a pequena; mas que as duas são igualmente
perniciosas e imorais, mas que não podem ser combatidas da mesma
maneira.
A
grande corrupção, mencionada por Plínio, é a que aparece no
estardalhaço midiático envolvendo governos federal, municipal, estadual,
distrital, políticos, servidores, particulares e heróis que não são de
gibis, mas dos que somente enxergam a corrupção do outro.
Não
é objeto deste artigo destacá-la, pois, a grande mídia se encarrega de
fazê-la; utilizando-se da opressão publicitária, mexendo com os
sentimentos alheios, fazendo muita gente acreditar em meias verdades.
Foi assim com Lula, a prisão coercitiva e agora com a pirotecnia do
powerpoint de Dallagnol.
Irei,
no entanto, me ocupar da pequena corrupção, especificamente aquela que
está entrelaçada ao contexto eleitoral, seja em campanhas ou em
mandatos. Ela é ignorada pela grande mídia, pelo Judiciário e pelas
instituições. Ignorada porque nada se faz de forma efetiva e eficaz para
combatê-la.
Eu
costumo chamar a pequena corrupção de comércio eleitoral. Ela é a
espinha dorsal da grande corrupção, isto é, o que se pratica nos
municípios do nosso país, de forma intensa ou não. Ele é caracterizado
pela troca de voto por bens tangíveis (espécie de escambo), intangíveis
(favores) e pela compra de voto (quando o eleitor prefere em espécie).
Em minha escrita costumeiramente denomino esse conjunto de comércio
eleitoral. Muitos justificam essa prática alegando que “o erro já vem de
Brasília”, esquecendo-se que os que estão em Brasília não são eleitos
por si.
É
necessário que aqueles que queiram mudança procurem compreender o
funcionamento do sistema, deixando de lado as ácidas críticas que para
nada servem, e servem: para distanciar cada vez mais o cidadão de
exercer os seus direitos políticos e dar espaço para coisas que
acontecerem este ano, por exemplo, o dia 17 de abril.
Precisa
o eleitor brasileiro fazer uma releitura da forma como o político é
eleito. E essa releitura deve ser feita partindo do comércio eleitoral
de base. Não é revoltando-se, esquivando-se que a coisa vai mudar. Não é
descriminalizar a política, partidos, pessoas que as coisas serão
resolvidas.
Precisa
acabar com essa mania de enxergar a Política a partir das tribunas, das
matérias de jornais, revistas, blogs e outros meios; fazendo dela
inimiga da sociedade. É necessário conhecê-la na prática para que não se
dê espaço para regimes ditatoriais e fascistas.
A
mudança tem que vir da base e a base são os municípios, matrizes de
todos os candidatos. E o que é que precisa ser mudado? As pessoas. Estas
precisam mudar a forma de escolher. Enquanto essa mudança não acontece,
as páginas impressas e online sempre trarão a prática da corrupção para
as nossas vidas, expondo como muitos dos eleitos tratam-na com
naturalidade e o povo com desdém.
É
preciso espalhar uma maneira nova de pensar a política, não a partir do
que nos oferece a grande mídia e os seus interesses escusos, mas a
partir da realidade de cada município. Enquanto isso não acontece, é
ilusão achar que “Todo poder emana do povo”.
1) No primeiro parágrafo, o autor utiliza as palavras "perniciosas e imorais" para caracterizar os dois tipos de corrupção sobre os quais fala. O que essas palavras significam?
2) De quem são esses conceitos de "grande e pequena corrupção" citados no texto?
3) Observe o seguinte trecho do texto: "A grande corrupção, mencionada por Plínio, é a que aparece no estardalhaço midiático [...]" (2º parágrafo). Explique o que o autor quis dizer com essa frase e ao que se refere a expressão destacada.
4) Observe a seguinte afirmação feita no texto: "[...] e heróis que não são de gibis, mas dos que somente enxergam a corrupção do outro." (2º parágrafo). Levando-se
em conta que o autor faz uma crítica em seu texto a atuais
acontecimentos políticos vivenciados no Brasil, a quem você acredita que
ele se refere quando fala em "heróis"?
5)
A partir da leitura do texto, podemos perceber o posicionamento
político do autor. Destaque o trecho onde podemos confirmar isso.
6) Qual é o foco principal do texto?
7) Por que, de acordo com o autor, a pequena corrupção é ignorada?
8) O que é e como é caracterizada a pequena corrupção?
9) Qual é, de acordo com o autor, a justificativa para a pequena corrupção?
10) Como, segundo o autor, devemos combater a pequena corrupção? Liste as ações citadas no texto.
11) Quem, de acordo com o autor, deve mudar? Por quê?
12) Na seguinte oração: "[...] não a partir do que nos oferece a grande mídia e os seus interesses escusos [...]" (10º parágrafo), o que significa o termo destacado?
13) Indique a que conjugação pertencem os verbos destacados nas frases abaixo:
a) "Em um de seus livros, Plínio de Arruda Sampaio disse que há dois tipos de corrupção: [...]" (1º parágrafo)
b) "A grande corrupção, mencionada por Plínio, é a que aparece no estardalhaço midiático envolvendo governos [...]" (2º parágrafo).
c) "Irei, no entanto, me ocupar da pequena corrupção [...]" (4º parágrafo)
14) Destaque, do texto:
a) uma frase que contenha um verbo no gerúndio:
b) uma frase que contenha um verbo no infinitivo:
c) uma frase que contenha um verbo no particípio:
15) Reescreva as frases abaixo, conjugando o verbo na pessoa solicitada entre parênteses. Faça as alterações necessárias:
a) "Irei, no entanto, me ocupar da pequena corrupção [...]" (4º parágrafo) (1ª pessoa do plural)
b) "Eu costumo chamar a pequena corrupção de comércio eleitoral." (5º parágrafo) (3ª pessoa do plural)
c) "Em minha escrita denomino esse conjunto de comércio eleitoral" (5º parágrafo) (3ª pessoa do singular)
d) "Precisa acabar com essa mania de enxergar a política a partir da tribunas [...]" (1ª pessoa do plural)
16) Empregue o sinal indicativo da crase, quando necessário:
a) Plínio de Arruda Sampaio se refere a dois tipos de corrupção: a grande e a pequena.
b) Em seus textos, Plínio de Arruda Sampaio se refere a corrupção.
c) Lula foi levado a delegacia coercitivamente.
d) A pequena corrupção está relacionada a campanha eleitoral.
e) Muitos justificam a prática do comércio eleitoral devido a cultura do povo.
A PEQUENA E A GRANDE CORRUPÇÃO - Ronaldo Pereira de Lima - ATIVIDADES PARA O ENSINO MÉDIO
A pequena e a grande corrupção
Ronaldo Pereira de Lima
http://obviousmag.org/ronperlim/2016/a-pequena-e-a-grande-corrupcao.html
Em
um de seus livros, Plínio de Arruda Sampaio disse que há dois tipos de
corrupção, a grande e a pequena; mas que as duas são igualmente
perniciosas e imorais, mas que não podem ser combatidas da mesma
maneira.
A
grande corrupção, mencionada por Plínio, é a que aparece no
estardalhaço midiático envolvendo governos federal, municipal, estadual,
distrital, políticos, servidores, particulares e heróis que não são de
gibis, mas dos que somente enxergam a corrupção do outro.
Não
é objeto deste artigo destacá-la, pois, a grande mídia se encarrega de
fazê-la; utilizando-se da opressão publicitária, mexendo com os
sentimentos alheios, fazendo muita gente acreditar em meias verdades.
Foi assim com Lula, a prisão coercitiva e agora com a pirotecnia do
powerpoint de Dallagnol.
Irei,
no entanto, me ocupar da pequena corrupção, especificamente aquela que
está entrelaçada ao contexto eleitoral, seja em campanhas ou em
mandatos. Ela é ignorada pela grande mídia, pelo Judiciário e pelas
instituições. Ignorada porque nada se faz de forma efetiva e eficaz para
combatê-la.
Eu
costumo chamar a pequena corrupção de comércio eleitoral. Ela é a
espinha dorsal da grande corrupção, isto é, o que se pratica nos
municípios do nosso país, de forma intensa ou não. Ele é caracterizado
pela troca de voto por bens tangíveis (espécie de escambo), intangíveis
(favores) e pela compra de voto (quando o eleitor prefere em espécie).
Em minha escrita costumeiramente denomino esse conjunto de comércio
eleitoral. Muitos justificam essa prática alegando que “o erro já vem de
Brasília”, esquecendo-se que os que estão em Brasília não são eleitos
por si.
É
necessário que aqueles que queiram mudança procurem compreender o
funcionamento do sistema, deixando de lado as ácidas críticas que para
nada servem, e servem: para distanciar cada vez mais o cidadão de
exercer os seus direitos políticos e dar espaço para coisas que
acontecerem este ano, por exemplo, o dia 17 de abril.
Precisa
o eleitor brasileiro fazer uma releitura da forma como o político é
eleito. E essa releitura deve ser feita partindo do comércio eleitoral
de base. Não é revoltando-se, esquivando-se que a coisa vai mudar. Não é
descriminalizar a política, partidos, pessoas que as coisas serão
resolvidas.
Precisa
acabar com essa mania de enxergar a Política a partir das tribunas, das
matérias de jornais, revistas, blogs e outros meios; fazendo dela
inimiga da sociedade. É necessário conhecê-la na prática para que não se
dê espaço para regimes ditatoriais e fascistas.
A
mudança tem que vir da base e a base são os municípios, matrizes de
todos os candidatos. E o que é que precisa ser mudado? As pessoas. Estas
precisam mudar a forma de escolher. Enquanto essa mudança não acontece,
as páginas impressas e online sempre trarão a prática da corrupção para
as nossas vidas, expondo como muitos dos eleitos tratam-na com
naturalidade e o povo com desdém.
É
preciso espalhar uma maneira nova de pensar a política, não a partir do
que nos oferece a grande mídia e os seus interesses escusos, mas a
partir da realidade de cada município. Enquanto isso não acontece, é
ilusão achar que “Todo poder emana do povo”.
1) No primeiro parágrafo, o autor utiliza as palavras "perniciosas e imorais" para caracterizar os dois tipos de corrupção sobre os quais fala. O que essas palavras significam?
2) De quem são esses conceitos de "grande e pequena corrupção" citados no texto?
3) Observe o seguinte trecho do texto: "A grande corrupção, mencionada por Plínio, é a que aparece no estardalhaço midiático [...]" (2º parágrafo). Explique o que o autor quis dizer com essa frase e ao que se refere a expressão destacada.
4) Observe a seguinte afirmação feita no texto: "[...] e heróis que não são de gibis, mas dos que somente enxergam a corrupção do outro." (2º parágrafo). Levando-se
em conta que o autor faz uma crítica em seu texto a atuais
acontecimentos políticos vivenciados no Brasil, a quem você acredita que
ele se refere quando fala em "heróis"?
5)
A partir da leitura do texto, podemos perceber o posicionamento
político do autor. Destaque o trecho onde podemos confirmar isso.
6) Qual é o foco principal do texto?
7) Por que, de acordo com o autor, a pequena corrupção é ignorada?
8) O que é e como é caracterizada a pequena corrupção?
9) Qual é, de acordo com o autor, a justificativa para a pequena corrupção?
10) Como, segundo o autor, devemos combater a pequena corrupção? Liste as ações citadas no texto.
11) Quem, de acordo com o autor, deve mudar? Por quê?
12) Na seguinte oração: "[...] não a partir do que nos oferece a grande mídia e os seus interesses escusos [...]" (10º parágrafo), o que significa o termo destacado?
13) Indique a que conjugação pertencem os verbos destacados nas frases abaixo:
a) "Em um de seus livros, Plínio de Arruda Sampaio disse que há dois tipos de corrupção: [...]" (1º parágrafo)
b) "A grande corrupção, mencionada por Plínio, é a que aparece no estardalhaço midiático envolvendo governos [...]" (2º parágrafo).
c) "Irei, no entanto, me ocupar da pequena corrupção [...]" (4º parágrafo)
14) Destaque, do texto:
a) uma frase que contenha um verbo no gerúndio:
b) uma frase que contenha um verbo no infinitivo:
c) uma frase que contenha um verbo no particípio:
15) Reescreva as frases abaixo, conjugando o verbo na pessoa solicitada entre parênteses. Faça as alterações necessárias:
a) "Irei, no entanto, me ocupar da pequena corrupção [...]" (4º parágrafo) (1ª pessoa do plural)
b) "Eu costumo chamar a pequena corrupção de comércio eleitoral." (5º parágrafo) (3ª pessoa do plural)
c) "Em minha escrita denomino esse conjunto de comércio eleitoral" (5º parágrafo) (3ª pessoa do singular)
d) "Precisa acabar com essa mania de enxergar a política a partir da tribunas [...]" (1ª pessoa do plural)
16) Empregue o sinal indicativo da crase, quando necessário:
a) Plínio de Arruda Sampaio se refere a dois tipos de corrupção: a grande e a pequena.
b) Em seus textos, Plínio de Arruda Sampaio se refere a corrupção.
c) Lula foi levado a delegacia coercitivamente.
d) A pequena corrupção está relacionada a campanha eleitoral.
e) Muitos justificam a prática do comércio eleitoral devido a cultura do povo.
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