Alunos brasileiros não sabem argumentar, diz estudo (Thaís Paiva)
http://www.cartaeducacao.com.br/reportagens/argumentacao-%E2%80%A8ou-reproducao/
Exigidos
em vestibulares, provas e concursos, os textos
dissertativos-argumentativos costumam ser amplamente trabalhados entre
os alunos do Ensino Médio. Afinal, saber expor ideias com clareza e
sustentar argumentos são aptidões importantes não só nas salas de aula,
mas para a formação de cidadãos atuantes na sociedade.
Os
alunos brasileiros, entretanto, estão saindo da escola com dificuldades
para argumentar, defender teses e construir pontos de vista. O alerta é
da pesquisa “Argumentação, Livro Didático e Discurso Jornalístico,
Vozes Que se Cruzam na Disputa pelo Dizer e Silenciar”, da pedagoga
Noemi Lemes, tese de mestrado para a Faculdade de Filosofia, Ciências e
Letras da USP de Ribeirão Preto.
No
trabalho, Noemi analisou livros didáticos e redações produzidas por
alunos do terceiro ano do Ensino Médio de escolas públicas e constatou
que a dificuldade está, em grande parte, ligada ao modo como os
materiais de apoio abordam a argumentação, usando quase exclusivamente
como exemplos produções da imprensa. “Quase sempre é apresentado um
único texto jornalístico sobre determinado assunto, expressando um ponto
de vista que os alunos tendem a reproduzir”, explica.
Além
disso, os livros didáticos raramente apresentam textos acordes e
desacordes que ampliem as visões sobre os temas. Esse discurso em
uníssono prejudica o desenvolvimento da autoria e do pensamento crítico,
diz a pedagoga. Ela acrescenta: “As redações são curtas e pontuais e,
na maioria das vezes, nenhum novo sentido é instaurado. Porém, uma
argumentação bem- sucedida é aquela que trabalha com o novo, quando o
aluno expressa de forma clara e lógica sua própria perspectiva”.
O
ensino da argumentação no Ensino Médio é também tema de estudo da
professora Helia Coelho Mello Cunha, do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia Fluminense. Para ela, muitos professores recorrem a
técnicas artificiais de organização de texto que não levam o aluno a
refletir e a desenvolver posicionamento crítico sobre os assuntos
atuais. “Como os alunos poderiam escrever e defender bem suas ideias se a
eles não é oferecida a oportunidade de desenvolver habilidades
argumentativas na escola? Percebo que os estudantes têm muita
dificuldade e, por isso, acabam escrevendo textos puramente
informativos”, diz a autora de A Construção da Argumentação no Ensino
Médio: um Trabalho Técnico e Retórico.
Já
Antonio Suarez Abreu, professor titular da Unesp e docente associado da
USP, acredita que os estudantes que têm acesso unicamente ao discurso
jornalístico como exemplo de argumentação não ficam prejudicados em sua
capacidade, mas limitados, uma vez que esse gênero costuma tratar só de
fatos e problemas conjunturais. “Na maioria das vezes, não se trata de
os alunos reproduzirem a opinião alheia, mas, sim, o senso comum,
disseminado por mídia, escola e família.”
Para
o autor de, entre outros livros, A Arte de Argumentar Gerenciando Razão
e Emoção, contrapor-se ao senso comum deixa as pessoas inseguras e com
medo, inclusive da reprovação no vestibular. “Imagine uma aluna indiana
diante de um tema que envolva a juventude e a moda. Se na Índia as
mulheres são proibidas de usar calças jeans, você acha que ela ousaria
argumentar contra esse costume em uma redação que fosse decidir sua
futura vida acadêmica?”, indaga.
Outra
questão observada pelos especialistas é a ausência, nas escolas, de
embasamento teórico mais profundo. “Nos livros, não encontramos
conceitos importantes sobre a Teoria da Argumentação. Não é que os
alunos precisem estudar profundamente a Retórica de Aristóteles, mas,
pelo menos, deveriam passar por conceitos básicos dela, como hipótese,
argumento, auditório e persuasão”, defende Helia. Para ela, é essencial
trabalhar o planejamento do texto dissertativo-argumentativo, trazendo a
leitura e a análise de escritos do gênero e identificando seus
elementos de construção, como a tese defendida, os recursos utilizados
para persuadir e a estrutura da redação. Ela ressalva, porém, que
“seguir a estrutura é importante, mas ser criativo é fundamental.
Atualmente, as redações lembram bolos industrializados”.
Noemi
defende ainda que materiais didáticos e professores apresentem outros
gêneros além do jornalístico, como os científicos, para embasar os
argumentos. “No caso de uma redação na qual o tema é pena de morte, é
importante que o livro também contenha textos de leis para que o aluno
possa se basear em dados. O professor pode produzir seus próprios
escritos ou trazer outros, pois o importante é que ocorra o embate de
ideias. Afinal, se só um texto circula no livro didático, o estudante é
impelido a ter a mesma opinião”, diz.
Ele
sugere mesclar ciência, filosofia e literatura. “O professor pode usar
com os alunos, por exemplo, a Dama das Camélias, de Alexandre Dumas
Filho, que narra a paixão do jovem Alfredo Germont pela cortesã Violetta
Valery na Paris de 1848. Que tal o diálogo entre Giorgio Germont, pai
de Alfredo, e Violetta, em que ele a convence a abandonar Alfredo, para
discutir a construção dos argumentos e sua aceitação segundo os valores
da sociedade rigidamente estratificada da época?”, propõe.
Essa
preocupação com a reflexão sobre as estratégias de persuasão, as marcas
linguísticas e as situações comunicativas vai além da preparação
acadêmica dos estudantes. “A argumentação é um conteúdo importante para a
vida do cidadão, para ajudá-lo a desempenhar um papel político na
sociedade e enxergar as questões que o cercam. Como disse Aristóteles, a
retórica é importante porque o justo e o verdadeiro têm mais valor
quando diante dos seus opostos”, lembra Noemi.
1) Em relação às ideias expostas no texto, analise as afirmações abaixo e assinale a alternativa correta.
I
- Conforme o texto, expor argumentos com clareza e sustentar um ponto
de vista é fundamental apenas para concluir o Ensino Médio.
II
- Conseguir se expressar com clareza, defender uma tese a partir de uma
argumentação bem fundamentada são habilidades fundamentais para a vida
do cidadão, que pretende desempenhar o seu papel, de forma atuante, na
sociedade.
III
- Conforme a pedagoga Noemi Lemes, os alunos tendem a reproduzir pontos
de vista abordados em materiais de imprensa, uma vez que, na maioria
dos casos, os alunos são expostos a um único texto jornalístico sobre
determinado fato e são compelidos a escrever a respeito, sem maiores
pesquisas ou debates.
IV
- Segundo a pedagoga, as produções textuais dos alunos do Ensino Médio,
em sua maioria, abordam novas perspectivas e constroem novos sentidos
para os temas propostos.
V
- De acordo com as afirmações da professora Helia Coelho Mello, os
alunos têm dificuldades em escrever textos dissertativos-argumentativos
porque as técnicas de de organização textual usadas por muitos
professores, impossibilitam a reflexão dos mesmos, levando-os a produzir
textos meramente informativos.
a) Apenas a I está correta.
b) Todas estão corretas.
c) Todas estão incorretas.
d) I, III e V estão corretas.
e) II, III e V estão corretas.
2) Observe a seguinte frase: "Além disso, os livros didáticos raramente apresentam textos acordes e desacordes que ampliem as visões sobre os temas." (4º parágrafo). O que seriam textos acordes e desacordes?
3) Qual é a crítica feita pela pedagoga Noemi Lemes em relação à forma como a argumentação é abordada nos materiais didáticos?
4) Observe o seguinte trecho: "[...] mas limitados, uma vez que esse gênero costuma tratar só de fatos e problemas conjunturais." (7º parágrafo). Explique ao que se refere o termo destacado, nesse contexto.
5) Defina "senso comum".
6) Por que, segundo o professor Antonio Juarez Abreu, as pessoas têm medo de se contrapor ao senso comum?
7)
No texto, fica claro que os especialistas concordam que os alunos
deveriam conhecer alguns conceitos básicos como hipótese, argumento,
auditório e persuasão. Pesquise o que significa cada um desses conceitos
e explique a importância dos mesmos para a redação de um bom texto.
8) Explique o que vem a ser a tese em um texto dissertativo-argumentativo.
9) Ao que Helia Coelho Mello Cunha compara as redações dos alunos? Por que você acha que ela faz essa comparação?
10) Por que, segundo Helia, seria importante mesclar ciência, filosofia e literatura?
11) Em relação à substituição vocabular, analise as afirmações abaixo e assinale a alternativa correta.
I - "Sustentar pontos de vista próprios em redações e criar teses são tarefas árduas para os estudantes do Ensino Médio." - o termo destacado pode ser substituído por "complexas", sem alterar o sentido da frase.
II - "Afinal, saber expor ideias com clareza e sustentar argumentos são aptidões
importantes não só nas salas de aula [...]" - o termo destacado pode
ser substituído por "tarefas", sem alterar o sentido da frase.
III
- "Porém, uma argumentação bem-sucedida é aquela que trabalha com o
novo, quando o aluno expressa de forma clara e lógica sua própria
perspectiva." - podemos substituir o termo destacado por "ponto de
vista", sem alterar o sentido da frase.
IV - "[...] pois o importante é que ocorra o embate de ideias. Afinal, se só um texto circula no livro didático, o estudante é impelido a ter a mesma opinião [...]" - os termos destacados são, respectivamente, sinônimos de "conflito" e "obrigação"
V - "Como disse Aristóteles, a retórica
é importante porque o justo e o verdadeiro têm mais valor quando diante
dos seus opostos [...]" - "retórica" refere-se à oratória.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas a II está incorreta.
c) Apenas a III está correta.
d) Nenhuma está correta.
e) I e II estão corretas.
12) Reescreva as frases, substituindo as locuções verbais pela forma verbal simples, equivalente.
a) "[...] os textos dissertativos-argumentativos costumam ser amplamente trabalhados entre os alunos do Ensino Médio."
b)
"Os alunos brasileiros, entretanto, estão saindo da escola com
dificuldades para argumentar, defender teses e construir pontos de
vista."
c) "Como os alunos poderiam escrever e defender bem suas ideias se a eles não é oferecida a oportunidade [...]"
d) "[...] por isso acabam escrevendo textos puramente informativos [...]"
e) "[...] esse gênero costuma tratar só de fatos e problemas conjunturais."
13)
Reescreva as orações, empregado o verbo no tempo/modo, pessoa/número
indicados entre parênteses. Faça as alterações necessárias.
a)
"[...] analisou livros didáticos e redações produzidas por alunos do
terceiro ano do Ensino Médio [...]" (Presente do indicativo - 1ª pessoa
do singular)
b) "[...] poderiam escrever e defender bem suas ideias [...]" (Futuro do Presente - 1ª pessoa do plural)
c)
"[...] acredita que os estudantes que têm acesso unicamente ao discurso
jornalístico [...]" (Pretérito imperfeito do indicativo - 3ª pessoa do
plural)
d)
"[...] não encontramos conceitos importantes sore a Teoria da
Argumentação." (Pretérito Perfeito do Indicativo - 2ª pessoa do
singular)
e) "Ele sugere mesclar ciência, filosofia e literatura." (Presente do Indicativo - 1ª pessoa do singular)
Alunos brasileiros não sabem argumentar, diz estudo (Thaís Paiva)
http://www.cartaeducacao.com.br/reportagens/argumentacao-%E2%80%A8ou-reproducao/
Exigidos
em vestibulares, provas e concursos, os textos
dissertativos-argumentativos costumam ser amplamente trabalhados entre
os alunos do Ensino Médio. Afinal, saber expor ideias com clareza e
sustentar argumentos são aptidões importantes não só nas salas de aula,
mas para a formação de cidadãos atuantes na sociedade.
Os
alunos brasileiros, entretanto, estão saindo da escola com dificuldades
para argumentar, defender teses e construir pontos de vista. O alerta é
da pesquisa “Argumentação, Livro Didático e Discurso Jornalístico,
Vozes Que se Cruzam na Disputa pelo Dizer e Silenciar”, da pedagoga
Noemi Lemes, tese de mestrado para a Faculdade de Filosofia, Ciências e
Letras da USP de Ribeirão Preto.
No
trabalho, Noemi analisou livros didáticos e redações produzidas por
alunos do terceiro ano do Ensino Médio de escolas públicas e constatou
que a dificuldade está, em grande parte, ligada ao modo como os
materiais de apoio abordam a argumentação, usando quase exclusivamente
como exemplos produções da imprensa. “Quase sempre é apresentado um
único texto jornalístico sobre determinado assunto, expressando um ponto
de vista que os alunos tendem a reproduzir”, explica.
Além
disso, os livros didáticos raramente apresentam textos acordes e
desacordes que ampliem as visões sobre os temas. Esse discurso em
uníssono prejudica o desenvolvimento da autoria e do pensamento crítico,
diz a pedagoga. Ela acrescenta: “As redações são curtas e pontuais e,
na maioria das vezes, nenhum novo sentido é instaurado. Porém, uma
argumentação bem- sucedida é aquela que trabalha com o novo, quando o
aluno expressa de forma clara e lógica sua própria perspectiva”.
O
ensino da argumentação no Ensino Médio é também tema de estudo da
professora Helia Coelho Mello Cunha, do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia Fluminense. Para ela, muitos professores recorrem a
técnicas artificiais de organização de texto que não levam o aluno a
refletir e a desenvolver posicionamento crítico sobre os assuntos
atuais. “Como os alunos poderiam escrever e defender bem suas ideias se a
eles não é oferecida a oportunidade de desenvolver habilidades
argumentativas na escola? Percebo que os estudantes têm muita
dificuldade e, por isso, acabam escrevendo textos puramente
informativos”, diz a autora de A Construção da Argumentação no Ensino
Médio: um Trabalho Técnico e Retórico.
Já
Antonio Suarez Abreu, professor titular da Unesp e docente associado da
USP, acredita que os estudantes que têm acesso unicamente ao discurso
jornalístico como exemplo de argumentação não ficam prejudicados em sua
capacidade, mas limitados, uma vez que esse gênero costuma tratar só de
fatos e problemas conjunturais. “Na maioria das vezes, não se trata de
os alunos reproduzirem a opinião alheia, mas, sim, o senso comum,
disseminado por mídia, escola e família.”
Para
o autor de, entre outros livros, A Arte de Argumentar Gerenciando Razão
e Emoção, contrapor-se ao senso comum deixa as pessoas inseguras e com
medo, inclusive da reprovação no vestibular. “Imagine uma aluna indiana
diante de um tema que envolva a juventude e a moda. Se na Índia as
mulheres são proibidas de usar calças jeans, você acha que ela ousaria
argumentar contra esse costume em uma redação que fosse decidir sua
futura vida acadêmica?”, indaga.
Outra
questão observada pelos especialistas é a ausência, nas escolas, de
embasamento teórico mais profundo. “Nos livros, não encontramos
conceitos importantes sobre a Teoria da Argumentação. Não é que os
alunos precisem estudar profundamente a Retórica de Aristóteles, mas,
pelo menos, deveriam passar por conceitos básicos dela, como hipótese,
argumento, auditório e persuasão”, defende Helia. Para ela, é essencial
trabalhar o planejamento do texto dissertativo-argumentativo, trazendo a
leitura e a análise de escritos do gênero e identificando seus
elementos de construção, como a tese defendida, os recursos utilizados
para persuadir e a estrutura da redação. Ela ressalva, porém, que
“seguir a estrutura é importante, mas ser criativo é fundamental.
Atualmente, as redações lembram bolos industrializados”.
Noemi
defende ainda que materiais didáticos e professores apresentem outros
gêneros além do jornalístico, como os científicos, para embasar os
argumentos. “No caso de uma redação na qual o tema é pena de morte, é
importante que o livro também contenha textos de leis para que o aluno
possa se basear em dados. O professor pode produzir seus próprios
escritos ou trazer outros, pois o importante é que ocorra o embate de
ideias. Afinal, se só um texto circula no livro didático, o estudante é
impelido a ter a mesma opinião”, diz.
Ele
sugere mesclar ciência, filosofia e literatura. “O professor pode usar
com os alunos, por exemplo, a Dama das Camélias, de Alexandre Dumas
Filho, que narra a paixão do jovem Alfredo Germont pela cortesã Violetta
Valery na Paris de 1848. Que tal o diálogo entre Giorgio Germont, pai
de Alfredo, e Violetta, em que ele a convence a abandonar Alfredo, para
discutir a construção dos argumentos e sua aceitação segundo os valores
da sociedade rigidamente estratificada da época?”, propõe.
Essa
preocupação com a reflexão sobre as estratégias de persuasão, as marcas
linguísticas e as situações comunicativas vai além da preparação
acadêmica dos estudantes. “A argumentação é um conteúdo importante para a
vida do cidadão, para ajudá-lo a desempenhar um papel político na
sociedade e enxergar as questões que o cercam. Como disse Aristóteles, a
retórica é importante porque o justo e o verdadeiro têm mais valor
quando diante dos seus opostos”, lembra Noemi.
1) Em relação às ideias expostas no texto, analise as afirmações abaixo e assinale a alternativa correta.
I
- Conforme o texto, expor argumentos com clareza e sustentar um ponto
de vista é fundamental apenas para concluir o Ensino Médio.
II
- Conseguir se expressar com clareza, defender uma tese a partir de uma
argumentação bem fundamentada são habilidades fundamentais para a vida
do cidadão, que pretende desempenhar o seu papel, de forma atuante, na
sociedade.
III
- Conforme a pedagoga Noemi Lemes, os alunos tendem a reproduzir pontos
de vista abordados em materiais de imprensa, uma vez que, na maioria
dos casos, os alunos são expostos a um único texto jornalístico sobre
determinado fato e são compelidos a escrever a respeito, sem maiores
pesquisas ou debates.
IV
- Segundo a pedagoga, as produções textuais dos alunos do Ensino Médio,
em sua maioria, abordam novas perspectivas e constroem novos sentidos
para os temas propostos.
V
- De acordo com as afirmações da professora Helia Coelho Mello, os
alunos têm dificuldades em escrever textos dissertativos-argumentativos
porque as técnicas de de organização textual usadas por muitos
professores, impossibilitam a reflexão dos mesmos, levando-os a produzir
textos meramente informativos.
a) Apenas a I está correta.
b) Todas estão corretas.
c) Todas estão incorretas.
d) I, III e V estão corretas.
e) II, III e V estão corretas.
2) Observe a seguinte frase: "Além disso, os livros didáticos raramente apresentam textos acordes e desacordes que ampliem as visões sobre os temas." (4º parágrafo). O que seriam textos acordes e desacordes?
3) Qual é a crítica feita pela pedagoga Noemi Lemes em relação à forma como a argumentação é abordada nos materiais didáticos?
4) Observe o seguinte trecho: "[...] mas limitados, uma vez que esse gênero costuma tratar só de fatos e problemas conjunturais." (7º parágrafo). Explique ao que se refere o termo destacado, nesse contexto.
5) Defina "senso comum".
6) Por que, segundo o professor Antonio Juarez Abreu, as pessoas têm medo de se contrapor ao senso comum?
7)
No texto, fica claro que os especialistas concordam que os alunos
deveriam conhecer alguns conceitos básicos como hipótese, argumento,
auditório e persuasão. Pesquise o que significa cada um desses conceitos
e explique a importância dos mesmos para a redação de um bom texto.
8) Explique o que vem a ser a tese em um texto dissertativo-argumentativo.
9) Ao que Helia Coelho Mello Cunha compara as redações dos alunos? Por que você acha que ela faz essa comparação?
10) Por que, segundo Helia, seria importante mesclar ciência, filosofia e literatura?
11) Em relação à substituição vocabular, analise as afirmações abaixo e assinale a alternativa correta.
I - "Sustentar pontos de vista próprios em redações e criar teses são tarefas árduas para os estudantes do Ensino Médio." - o termo destacado pode ser substituído por "complexas", sem alterar o sentido da frase.
II - "Afinal, saber expor ideias com clareza e sustentar argumentos são aptidões
importantes não só nas salas de aula [...]" - o termo destacado pode
ser substituído por "tarefas", sem alterar o sentido da frase.
III
- "Porém, uma argumentação bem-sucedida é aquela que trabalha com o
novo, quando o aluno expressa de forma clara e lógica sua própria
perspectiva." - podemos substituir o termo destacado por "ponto de
vista", sem alterar o sentido da frase.
IV - "[...] pois o importante é que ocorra o embate de ideias. Afinal, se só um texto circula no livro didático, o estudante é impelido a ter a mesma opinião [...]" - os termos destacados são, respectivamente, sinônimos de "conflito" e "obrigação"
V - "Como disse Aristóteles, a retórica
é importante porque o justo e o verdadeiro têm mais valor quando diante
dos seus opostos [...]" - "retórica" refere-se à oratória.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas a II está incorreta.
c) Apenas a III está correta.
d) Nenhuma está correta.
e) I e II estão corretas.
12) Reescreva as frases, substituindo as locuções verbais pela forma verbal simples, equivalente.
a) "[...] os textos dissertativos-argumentativos costumam ser amplamente trabalhados entre os alunos do Ensino Médio."
b)
"Os alunos brasileiros, entretanto, estão saindo da escola com
dificuldades para argumentar, defender teses e construir pontos de
vista."
c) "Como os alunos poderiam escrever e defender bem suas ideias se a eles não é oferecida a oportunidade [...]"
d) "[...] por isso acabam escrevendo textos puramente informativos [...]"
e) "[...] esse gênero costuma tratar só de fatos e problemas conjunturais."
13)
Reescreva as orações, empregado o verbo no tempo/modo, pessoa/número
indicados entre parênteses. Faça as alterações necessárias.
a)
"[...] analisou livros didáticos e redações produzidas por alunos do
terceiro ano do Ensino Médio [...]" (Presente do indicativo - 1ª pessoa
do singular)
b) "[...] poderiam escrever e defender bem suas ideias [...]" (Futuro do Presente - 1ª pessoa do plural)
c)
"[...] acredita que os estudantes que têm acesso unicamente ao discurso
jornalístico [...]" (Pretérito imperfeito do indicativo - 3ª pessoa do
plural)
d)
"[...] não encontramos conceitos importantes sore a Teoria da
Argumentação." (Pretérito Perfeito do Indicativo - 2ª pessoa do
singular)
e) "Ele sugere mesclar ciência, filosofia e literatura." (Presente do Indicativo - 1ª pessoa do singular)
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