NA FILHA DOS OUTROS É REFRESCO, NÉ, MARCO AURÉLIO - Atividades para o Ensino Médio (atualizado, com gabarito)
Na filha dos outros é refresco, né, Marco Aurélio
Numa decisão absurda e de forte cunho político, ministro do STF dá liberdade a assassino confesso
Marco
Aurélio Mello, ministro do STF, é pai. Sua filha Letícia, 40 anos, é
desembargadora do TRF da 2ª região, sediada no Rio de Janeiro. Foi
nomeada por Dilma Rousseff, logicamente por sua capacidade e sem
qualquer interferência do Papi Soberano. Mania chata essa nossa de achar
que filhos de influentes e poderosos só “chegam lá” por conta dos
sobrenomes. Maldade, viu? Credo.
Eu
sou pai. Sophia, uma molequinha sensacional de 11 anos é o farol a me
iluminar a vida. Alegre, amorosa e, como o pai, pra lá de geniosa.
Sempre a levo na escola e sempre vamos ouvindo música. Uma dela, uma
minha. Esperta que só, dia destes me perguntou, vejam vocês, por que que
a cada vez que ela escolhe funk eu veto, já que lhe ensinei o
significado de democracia e tolerância. Pois é. Sophia já descobriu que
democracia é um conceito relativo, hehehe.
Pois
bem. Hoje meu caminho se cruzou com o de Marco Aurélio. Não pela nossa
zelosa paternidade; ele com o empreguismo da filha, eu com a educação
musical da minha. Mas no abuso de poder. Na nossa capacidade comum de
desprezar o justo e as regras sociais estabelecidas, em nome da nossa
própria lei, do nosso próprio julgamento. A diferença, meus caros, é que
minha arbitrariedade sobre minha filha não produz cadáveres, tampouco
significa salvo-conduto para assassinos cruéis.
Conforme noticiou o Portal UAI,
o valente Capa-preta mandou soltar o ex-goleiro Bruno, assassino
confesso e condenado a mais de 20 anos de prisão. Usando sua caneta cega
e sua interpretação seletiva das leis, Marco Aurélio justificou sua
decisão no fiel cumprimento da letra legal. Curioso é que este mesmo
senhor, sobretudo recentemente, usou e abusou da própria interpretação
mandando os parágrafos da Constituição para bem longe, e não foi tão
fiel assim aos ditames legais. Aliás, o que mais temos assistido
ultimamente é ao STF, supostamente o guardião da Carta Magna, reescrever
as leis, legislar e até mesmo administrar. Os ministros Barroso e
Lewandowski, então, nem se fala.
Mas
por que Marco Aurélio mandou soltar Bruno, afinal? “Ah, Ricardo, porque
existe previsão legal para tanto”. É mesmo? E por que, então, não manda
soltar os demais 200 mil presos provisórios?
Simples.
Porque são anônimos, não são notícia e, sobretudo, porque não servem à
“causa” de alguns togados: a feroz cruzada contra, como é mesmo?, “as
prisões alongadas que têm encontro marcado com esta Corte”, como
declarou recentemente Gilmar Mendes. A verdade, amigos, é uma só: Marco
Aurélio está se lixando para Bruno. O que quer mesmo é mandar seu recado
ao juiz Sérgio Moro e aqueles que defendem as prisões preventivas da
Operação Lava Jato, mesmo que à custa da liberdade de um assassino
cruel, condenado por homicídio triplamente qualificado e ocultação de
cadáver, além de sequestro e cárcere privado do próprio filho que ele
teve com Elize Samudio.
Assim decidiu Marco Aurélio:
“O
clamor social surge como elemento neutro, insuficiente a respaldar a
preventiva. Por fim, colocou-se em segundo plano o fato de o paciente
ser primário e possuir bons antecedentes. Tem-se a insubsistência das
premissas lançadas. A esta altura, sem culpa formada, o paciente está
preso há 6 anos e 7 meses. Nada, absolutamente nada, justifica tal
fato.”
Entenderam agora o título que escolhi para este post?
1) A
ironia é a figura de linguagem que consiste no emprego de uma palavra
ou expressão de forma que ela tenha um sentido diferente do habitual e
produza um humor sutil. Para que a ironia funcione, esse jogo com as
palavras deve ser feito com elegância, de uma maneira que não deixe
transparecer imediatamente a intenção. Baseado neste conceito,
transcreva, do texto, dois exemplos onde esse recurso foi empregado.
"Foi nomeada por Dilma Rousseff, logicamente por sua capacidade e sem qualquer interferência do Papi Soberano."
"Mania chata essa nossa de achar que filhos de influentes e poderosos só “chegam lá” por conta dos sobrenomes. Maldade, viu? Credo."
"Mania chata essa nossa de achar que filhos de influentes e poderosos só “chegam lá” por conta dos sobrenomes. Maldade, viu? Credo."
2)
Metáfora é uma figura de linguagem que produz sentidos figurados por
meio de comparações implícitas. Transcreva, do texto, a metáfora usada
pelo autor para referir-se à sua filha e explique o sentido da mesma.
"[...] é o farol a me iluminar a vida" - ele quer dizer que a filha é a razão dele viver.
"[...] é o farol a me iluminar a vida" - ele quer dizer que a filha é a razão dele viver.
3)
Em determinado trecho do texto o autor afirma que seu caminho se cruzou
com o de Marco Aurélio. De que forma isso aconteceu? Explique:
"Não pela nossa zelosa paternidade; ele com o empreguismo da filha, eu com a educação musical da minha. Mas no abuso de poder." - porque ele quer determinar o gosto musical da filha.
"Não pela nossa zelosa paternidade; ele com o empreguismo da filha, eu com a educação musical da minha. Mas no abuso de poder." - porque ele quer determinar o gosto musical da filha.
4) Qual é, de acordo com o autor, a diferença entre a "arbitrariedade" praticada por ele e pelo ministro?
A dele não produz cadáveres nem salvo-conduto para assassinos cruéis.
A dele não produz cadáveres nem salvo-conduto para assassinos cruéis.
5) O autor usa duas expressões para se referir ao ministro Marco Aurélio Melo. Quais são?
Valente Capa-Preta / Papi Soberano.
6) Observe o seguinte trecho: "Aliás, o que mais temos assistido ultimamente é ao STF, supostamente o guardião da Carta Magna [...]" (4º parágrafo).
a) Ao que se refere o termo destacado? Constituição Federal.
b) Qual é, de acordo com o autor, a função do STF? Explique: Garantir a execução das leis.
7) Por quais crimes o ex-goleiro Bruno foi condenado?
Homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver, além de sequestro e cárcere privado do próprio filho.
Homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver, além de sequestro e cárcere privado do próprio filho.
8) Qual é, de acordo com o texto, o verdadeiro objetivo do ministro com a liberação do ex-goleiro?
"O que quer mesmo é mandar seu recado ao juiz Sérgio Moro e aqueles que defendem as prisões preventivas da Operação Lava Jato", ou seja, que ele pode alterar a lei e acabar libertando quem ele quiser, devido ao cargo que exerce.
"O que quer mesmo é mandar seu recado ao juiz Sérgio Moro e aqueles que defendem as prisões preventivas da Operação Lava Jato", ou seja, que ele pode alterar a lei e acabar libertando quem ele quiser, devido ao cargo que exerce.
9) Observe a seguinte passagem do texto: "Porque são anônimos, não são notícia e, sobretudo, porque não servem à “causa” de alguns togados:[...]"(6º parágrafo)
a) Quem são os "anônimos" e quem são os "togados"? Anônimos são as pessoas comuns, não famosas, que estão presas; togados são os juízes.
10) Transcreva, do texto, três frases nominais:
"Maldade, viu?"/ "Credo". / "Alegre, amorosa e, como o pai, pra lá de geniosa."
11) Transcreva, do texto, os sujeitos relativos às seguintes orações:
a) noticiou (4º parágrafo): o portal UAI
b) mandou (4º parágrafo): o valente Capa-preta
c) declarou (6º parágrafo): Gilmar Mendes
d) decidiu (7º parágrafo): Marco Aurélio
e) surge (8º parágrafo): O clamor social
12) Há, no terceiro parágrafo, um substantivo sobrecomum. Transcreva-o:
Cadáveres.
16) "A esta altura, sem culpa formada, o paciente está preso há 6 anos e 7 meses." (8º parágrafo):
a) Se passássemos essa frase para o feminino, o número de termos a ser alterado é de:
( ) 3 ( ) 4 ( ) 1 ( x ) 2 ( ) Nenhum
b) Quanto ao gênero, o substantivo paciente é classificado como? Explique: Comum de dois gêneros, porque pode se referir a ambos os gêneros
NA FILHA DOS OUTROS É REFRESCO, NÉ, MARCO AURÉLIO - Atividades para o Ensino Médio (atualizado, com gabarito)
Na filha dos outros é refresco, né, Marco Aurélio
Numa decisão absurda e de forte cunho político, ministro do STF dá liberdade a assassino confesso
Marco
Aurélio Mello, ministro do STF, é pai. Sua filha Letícia, 40 anos, é
desembargadora do TRF da 2ª região, sediada no Rio de Janeiro. Foi
nomeada por Dilma Rousseff, logicamente por sua capacidade e sem
qualquer interferência do Papi Soberano. Mania chata essa nossa de achar
que filhos de influentes e poderosos só “chegam lá” por conta dos
sobrenomes. Maldade, viu? Credo.
Eu
sou pai. Sophia, uma molequinha sensacional de 11 anos é o farol a me
iluminar a vida. Alegre, amorosa e, como o pai, pra lá de geniosa.
Sempre a levo na escola e sempre vamos ouvindo música. Uma dela, uma
minha. Esperta que só, dia destes me perguntou, vejam vocês, por que que
a cada vez que ela escolhe funk eu veto, já que lhe ensinei o
significado de democracia e tolerância. Pois é. Sophia já descobriu que
democracia é um conceito relativo, hehehe.
Pois
bem. Hoje meu caminho se cruzou com o de Marco Aurélio. Não pela nossa
zelosa paternidade; ele com o empreguismo da filha, eu com a educação
musical da minha. Mas no abuso de poder. Na nossa capacidade comum de
desprezar o justo e as regras sociais estabelecidas, em nome da nossa
própria lei, do nosso próprio julgamento. A diferença, meus caros, é que
minha arbitrariedade sobre minha filha não produz cadáveres, tampouco
significa salvo-conduto para assassinos cruéis.
Conforme noticiou o Portal UAI,
o valente Capa-preta mandou soltar o ex-goleiro Bruno, assassino
confesso e condenado a mais de 20 anos de prisão. Usando sua caneta cega
e sua interpretação seletiva das leis, Marco Aurélio justificou sua
decisão no fiel cumprimento da letra legal. Curioso é que este mesmo
senhor, sobretudo recentemente, usou e abusou da própria interpretação
mandando os parágrafos da Constituição para bem longe, e não foi tão
fiel assim aos ditames legais. Aliás, o que mais temos assistido
ultimamente é ao STF, supostamente o guardião da Carta Magna, reescrever
as leis, legislar e até mesmo administrar. Os ministros Barroso e
Lewandowski, então, nem se fala.
Mas
por que Marco Aurélio mandou soltar Bruno, afinal? “Ah, Ricardo, porque
existe previsão legal para tanto”. É mesmo? E por que, então, não manda
soltar os demais 200 mil presos provisórios?
Simples.
Porque são anônimos, não são notícia e, sobretudo, porque não servem à
“causa” de alguns togados: a feroz cruzada contra, como é mesmo?, “as
prisões alongadas que têm encontro marcado com esta Corte”, como
declarou recentemente Gilmar Mendes. A verdade, amigos, é uma só: Marco
Aurélio está se lixando para Bruno. O que quer mesmo é mandar seu recado
ao juiz Sérgio Moro e aqueles que defendem as prisões preventivas da
Operação Lava Jato, mesmo que à custa da liberdade de um assassino
cruel, condenado por homicídio triplamente qualificado e ocultação de
cadáver, além de sequestro e cárcere privado do próprio filho que ele
teve com Elize Samudio.
Assim decidiu Marco Aurélio:
“O
clamor social surge como elemento neutro, insuficiente a respaldar a
preventiva. Por fim, colocou-se em segundo plano o fato de o paciente
ser primário e possuir bons antecedentes. Tem-se a insubsistência das
premissas lançadas. A esta altura, sem culpa formada, o paciente está
preso há 6 anos e 7 meses. Nada, absolutamente nada, justifica tal
fato.”
Entenderam agora o título que escolhi para este post?
1) A
ironia é a figura de linguagem que consiste no emprego de uma palavra
ou expressão de forma que ela tenha um sentido diferente do habitual e
produza um humor sutil. Para que a ironia funcione, esse jogo com as
palavras deve ser feito com elegância, de uma maneira que não deixe
transparecer imediatamente a intenção. Baseado neste conceito,
transcreva, do texto, dois exemplos onde esse recurso foi empregado.
"Foi nomeada por Dilma Rousseff, logicamente por sua capacidade e sem qualquer interferência do Papi Soberano."
"Mania chata essa nossa de achar que filhos de influentes e poderosos só “chegam lá” por conta dos sobrenomes. Maldade, viu? Credo."
"Mania chata essa nossa de achar que filhos de influentes e poderosos só “chegam lá” por conta dos sobrenomes. Maldade, viu? Credo."
2)
Metáfora é uma figura de linguagem que produz sentidos figurados por
meio de comparações implícitas. Transcreva, do texto, a metáfora usada
pelo autor para referir-se à sua filha e explique o sentido da mesma.
"[...] é o farol a me iluminar a vida" - ele quer dizer que a filha é a razão dele viver.
"[...] é o farol a me iluminar a vida" - ele quer dizer que a filha é a razão dele viver.
3)
Em determinado trecho do texto o autor afirma que seu caminho se cruzou
com o de Marco Aurélio. De que forma isso aconteceu? Explique:
"Não pela nossa zelosa paternidade; ele com o empreguismo da filha, eu com a educação musical da minha. Mas no abuso de poder." - porque ele quer determinar o gosto musical da filha.
"Não pela nossa zelosa paternidade; ele com o empreguismo da filha, eu com a educação musical da minha. Mas no abuso de poder." - porque ele quer determinar o gosto musical da filha.
4) Qual é, de acordo com o autor, a diferença entre a "arbitrariedade" praticada por ele e pelo ministro?
A dele não produz cadáveres nem salvo-conduto para assassinos cruéis.
A dele não produz cadáveres nem salvo-conduto para assassinos cruéis.
5) O autor usa duas expressões para se referir ao ministro Marco Aurélio Melo. Quais são?
Valente Capa-Preta / Papi Soberano.
6) Observe o seguinte trecho: "Aliás, o que mais temos assistido ultimamente é ao STF, supostamente o guardião da Carta Magna [...]" (4º parágrafo).
a) Ao que se refere o termo destacado? Constituição Federal.
b) Qual é, de acordo com o autor, a função do STF? Explique: Garantir a execução das leis.
7) Por quais crimes o ex-goleiro Bruno foi condenado?
Homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver, além de sequestro e cárcere privado do próprio filho.
Homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver, além de sequestro e cárcere privado do próprio filho.
8) Qual é, de acordo com o texto, o verdadeiro objetivo do ministro com a liberação do ex-goleiro?
"O que quer mesmo é mandar seu recado ao juiz Sérgio Moro e aqueles que defendem as prisões preventivas da Operação Lava Jato", ou seja, que ele pode alterar a lei e acabar libertando quem ele quiser, devido ao cargo que exerce.
"O que quer mesmo é mandar seu recado ao juiz Sérgio Moro e aqueles que defendem as prisões preventivas da Operação Lava Jato", ou seja, que ele pode alterar a lei e acabar libertando quem ele quiser, devido ao cargo que exerce.
9) Observe a seguinte passagem do texto: "Porque são anônimos, não são notícia e, sobretudo, porque não servem à “causa” de alguns togados:[...]"(6º parágrafo)
a) Quem são os "anônimos" e quem são os "togados"? Anônimos são as pessoas comuns, não famosas, que estão presas; togados são os juízes.
10) Transcreva, do texto, três frases nominais:
"Maldade, viu?"/ "Credo". / "Alegre, amorosa e, como o pai, pra lá de geniosa."
11) Transcreva, do texto, os sujeitos relativos às seguintes orações:
a) noticiou (4º parágrafo): o portal UAI
b) mandou (4º parágrafo): o valente Capa-preta
c) declarou (6º parágrafo): Gilmar Mendes
d) decidiu (7º parágrafo): Marco Aurélio
e) surge (8º parágrafo): O clamor social
12) Há, no terceiro parágrafo, um substantivo sobrecomum. Transcreva-o:
Cadáveres.
16) "A esta altura, sem culpa formada, o paciente está preso há 6 anos e 7 meses." (8º parágrafo):
a) Se passássemos essa frase para o feminino, o número de termos a ser alterado é de:
( ) 3 ( ) 4 ( ) 1 ( x ) 2 ( ) Nenhum
b) Quanto ao gênero, o substantivo paciente é classificado como? Explique: Comum de dois gêneros, porque pode se referir a ambos os gêneros
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